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ecesar's world | |||||||||||||||
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Resolvi escrever um post sobre a minha história nos videogames. É claro que tenho tanto a escrever, tantas histórias e experiencias interessantes, que apenas este assunto renderia um livro - talvez com páginas suficientes para ficar de pé sozinho. Mas como eu sei que a maioria dos gamers sequer sabe abrir um livro, deixemos este assunto de lado. :) Tudo começou com um Odissey2. Um amigo da escola o tinha, e fiquei fascinado com o jogo da forca, onde precisavamos digitar a palavra em questão usando o proprio tecladinho do console. Mais tarde, um outro amigo e meu primo compraram um. Lembro-me claramente apenas de um jogo, o 'Didi Na Serra Pelada'. Pedi para meus pais um videogame daqueles. Entao, fomos ao centro da cidade (na epoca nao haviam shoppings em bairros), entramos na Viana Leal (que ja nao existe mais, mas era a maior loja de eletrodomesticos de Recife, e a primeira loja a oferecer escada rolante). Lá chegando, descobrimos que o Odissey2 não era mais vendido, mas em seu lugar havia o.. Atari 2600. Era um videogame fabricado no Brasil, pela Polyvox/Gradiente (quem diria), e na epoca eu confesso que fiquei decepcionado por ele parecer bem mais simples que o Odissey2. Mal sabia que tinha sido um excelente investimento, e o Atari 2600 dominaria o mercado. Todos os meus amigos teriam um, trocas de cartuchos eram comuns, se encontrava jogos para ele em qualquer lugar. O meu console veio com 02 joysticks e 01 cartucho (bons tempos aqueles), e o jogo era Homerun, da propria Atari. Era um jogo de baseball, muito chato porque nao gostava deste esporte, mas mesmo assim joguei muito. Foi o unico cartucho original que tive, todos os demais eram da CCE, da Dynavision ou da AppleVision (aqueles com uma chave que permitia ter varios jogos em um so cartucho). Tive Pac-Man, Turmoil, River Raid, Hero, Condor Attack, Atlantis, Star Wars, entre outros. As disputas de Pac-Man, He-man e Megamania nas casas de meus vizinhos de prédio até hoje sao memoraveis. :) Alguns anos depois, surgiu o Master System. Meus amigos tinham, e eu babei ao ver Double Dragon e California Games na casa deles. Os anuncios que a Tec Toy colocava na TV chamavam a atencao, com os oculos 3D e a pistola igual à do desenho Zillion. Mas, mas uma vez, fui na contramao das tendencias e.. Comprei um Phantom System (da Gradiente, de novo) com um adaptador para cartuchos japoneses (60 pinos). Não poderia ter tido decisão mais feliz. Meus amigos e eu, cada um com 'clones' diferentes do NES, trocavamos cartuchos e mais cartuchos. O console veio com Ghostbusters, que era um desastre de tão ruim. O primeiro jogo emprestado foi 'The Legend Of Kage', depois foi 'Super Mario Bros.' Que jogo !! Depois passei a alugar. Foi a época em que houve o boom das locadoras de videogame (quase todas faliram 5-6 anos depois), até hoje tenho uma coleção de 12 carteirinhas de sócio deste tipo de locadora. E tambem quando surgiram as primeiras revistas do genero, Acao Games e Videogame. os jogos que mais aluguei foram 'Battletoads', 'Simpsons - Bart vs Space Mutants' e 'Super Mario 3'. Tambem joguei nele o meu primeiro RPG, que foi 'Final Fantasy' - lembro que ele travava o tempo todo, devia ser problema na bateria do cartucho. Outros jogos memoráveis incluiram 'TMNT 2 - The Arcade Game' e 'Ninja Gaiden II - The Dark Sword Of Chaos'. Foi a época em que mais joguei na minha vida inteira. Mais ou menos nesta época, passei a me interessar por portáteis. Comprei um Game Gear com o jogo G-Loc, e depois um adaptador para jogos de Master System. Foi com ele que joguei o melhor RPG da época, 'Phantasy Star'. Viajei aos EUA em 93, e comprei lá um GameBoy original (o tijolão) com os jogos 'Tetris' e 'Super Mario Land 2' na JC Penney. Tambem comprei o desconhecido console portatil da Atari, o Lynx, que era tecnicamente o melhor portátil dos meus 03. Veio com o jogo 'Shangai'. Um ano depois do lançamento do SNES, comprei o meu numa loja do Shopping Recife, pelo preço de 4.000.000,00 de cruzeiros/cruzados (não me lembro). Era a Wattz, que até hoje existe. Era importado dos EUA e transcodificado de NTSC para Pal-M. Foi no SNES que eu ganhei o meu record de permanencia em frente a uma tela: com 'Street Fighter 2', joguei mais de 14 hs sem parar. Impressionante. Outros jogos marcantes foram 'Final Fight', 'Super Mario World', 'Super Metroid' (WOOAAA), 'Star Fox'.. É dificil listar, eu alugava praticamente um jogo diferente por final de semana, e isso religiosamente todas as semanas. Joguei tudo o que era jogo bom e tudo o que era jogo ruim. Ainda assim, nao joguei tanto quanto no NES.. :) Nesta época, apareciam o Sega CD e o 32 X. Passaram. Surgia então o caríssimo Sega Saturn, que eu nunca joguei. As revistas traziam reportagens sobre o novato Sony PlayStation, e os pilotos da Ação Games diziam que o gamepad do console era muito ruim. Foi nesta época que eu entrei na universidade, e minha vida gamistica deu uma pausa. Perdi a geração do Saturn, do PSX, do N64, do Dreamcast. Foram 06 anos de curso, onde meu entretenimento era dedicado meu novo brinquedo: o PC. :) De videogames, so lia reportagens em revistas. Resolvi voltar à ativa ao perder o interesse pelos jogos de computador. Sao gratuitos, fáceis de encontrar e copiar e distribuir, numerosos, mais belos graficamente - mas nao tem a mesma magia de um console. Atraves da emulação, joguei os grandes classicos de N64 (Mario, Zelda), de PSX (Tekken, Silent Hill, RE) e de GB Color e Advance. Decidi comprar um console. E comprei um GameCube. Ainda não o recebi, já foi pago e está a caminho via correios. Se tivesse $$$ compraria tb um Xbox e um PS2. Vamos ver o que eu escrevo sobre ele daqui a alguns anos. :)
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