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Sem a neura do computador/internet, passei estas semanas jogando mais videogame. Assisti a muitos dos meus filmes em DivX acumulados, que baixei nesses meses de banda larga. Li minhas revistas EGM atrasadas, ainda intactas desde que as comprei. Organizei meu quarto e as minhas finanças. Enfim, deixei o meu mundo offline um pouco melhor. Como resolvi trazer três jogos para analisar neste longo post de hoje, vou tentar fazer da maneira mais organizada possível. Vamos a eles. Dead To Rights. Um jogo na Namco lancado inicialmente para o XBox, que recebeu uma versão tambem para o cubo. Quando o peguei, foi sem grandes expectativas. Este jogo simplesmente não fez muito barulho quando chegou ao mercado, e nem recebeu grandes notas das revistas especializadas. Por isto mesmo, foi uma grande surpresa para mim, quando descobri o quão este jogo era bom e divertido ! Foi a minha experiencia mais proxima do que os possuidores de PS2/XB chamam de 'universo adulto dos games'. Para quem nao tem um 'GTA 3', um 'Max Payne' ou um 'Metal Gear', esse é um bom começo.
Inicialmente, a abertura. É babante e cinematografico, quem passa desavisado em frente à TV pensa que é trailler de filme de ação, um 'Die Hard' da vida. A Namco, desde que eu a conheco por 'Tekken', tem duas marcas em seus trabalhos: aberturas cinematográficas em CG e personagens em 3D mal modelados. E isto se repete em DTR. Os graficos são, digamos, simples demais. Em muitas vezes, olhei para os membros retangulares dos inimigos e para os carros modelados no cenário, quadrados e com texturas pobres, e tive a nitida impressao de estar jogando um game de PSOne. Porem, sabia que era um jogo de 128 bits pela extensão dos cenários, pela riqueza em cores, pelo numero de elementos simultâneos na tela e pela animação macia do jogo. A Namco nunca foi uma grande modeladora em 3D como a Capcom, por exemplo, esta é a verdade. A propósito: há um trecho no game onde vc assiste, durante uns 15 minutos, uma dançarinha exibindo-se no palco. Observe que a perna dela simplesmente não se articula no quadril, e toda a movimentação - que deveria ser sensual - acaba se tornando tosca. Muito tosca. Todavia, se os gráficos não sao o grande forte de DTR, a ação e a jogabilidade não te deixam lembrar isso. A jogabilidade é perfeita, os comandos sao simples e precisos, e é muito fácil executar até mesmo os movimentos mais complexos. Um recurso bullet time à la Matrix, que ganhou popularidade com 'Max Payne', esta presente e é sempre um ponto alto do jogo. Todavia, o que mais empolga e me fez, muitas vezes, pular da cadeira de entusiasmo, são os desarmamentos. De mãos vazias, aproxime-se de um inimigo armado e veja uma sequencia espetacular (que pode rodar em câmera lenta) de como roubar uma arma com estilo. Muito estilo. Ademais, é possível fazer escudos humanos, espreitar pelos cantos da parede como em 'Metal Gear', proteger-se atras de objetos entre um e outro disparo como em 'Time Crisis' e divertir-se fazendo sniping com sua mira telescópica. E nas cenas de luta desarmada, considerando os gráficos meio 32 bits e o estilão do jogo, lembrei-me de 'Die Hard Arcade', para o Saturn. E lembrando que, ao contrario de 'GTA 3' ou de 'Max Payne', onde mirar nos inimigos durante a ação é um desafio constante, em DTR o estilo é bem arcade: mira e trava automática com o botão. Isso torna tudo bem mais divertido. Enfim: recomendo 'Dead To Rights' para todo mundo. :) Lord Of The Rings: The Two Towers. Este era um jogo muito aguardado por mim. Os dois filmes lançados até agora me converteram instantaneamente em mais um aficcionado pela Terra Média, com direito a comprar os livros e tudo. Por sinal, estou com os dois filmes em DivX aqui, mas isso é outra historia. O fato é que LOTR teve jogos de duas produtoras diferentes, a Electronic Arts e a Vivendi/Universal. A EA fez os jogos baseados nos filmes, e para isso usou e abusou das imagens e vozes dos atores originais, das cenas de filme inseridas entre fases, da trilha sonora e de extras como entrevistas com as pessoas envolvidas. A Sierra/Vivendi/Universal teve a licença dos livros de Tolkien, e tentou fazer um jogo mais profundo, usando elementos omitidos nos filmes. Seus jogos são, na verdade, feitos por pequenas desenvolvedoras, como a Surreal Software ('LOTR: FOTR' do PS2) e Inevitable Entertainment ('The Hobbit' do GC). De um modo geral, os jogos da EA têm recebido notas bem melhores que os da SVU. Veja aqui a lista completa de jogos LOTR em produção pela SVU e pela Electronic Arts, e faça a sua comparação.
O GC, até agora, possui apenas um jogo de cada produtora: a EA acabou de lançar 'LOTR: TTT' e a Sierra tem prometido o 'The Hobbit' para este ano. Aluguei 'LOTR: TTT' por dois dias, minhas impressões foram das melhores. O jogo nada mais é que uma imersão interativa nas principais sequências de ação dos dois primeiros filmes. As fases começam com cenas reais das películas, transformando-se em polígonos, e lá está você no comando do protagonista quando menos se espera. Uma maneira muito empolgante de introduzir os estágios, sem dúvida. As vozes são as mesmas dos atores, os personagens estão muito bem modelados em polígonos, e a recriação de algumas cenas ficou bem próximo da perfeição. Experimente a batalha na câmara de Moria, e verá que a atenção aos detalhes foi total. Muitas fases podem (e devem) ser vencidas com os 3 heróis principais, e cada um deles requer uma estratégia própria de batalha que melhor se adeque às suas habilidades. Legolas é ágil e habilidoso, Gimli é um pequeno tanque de guerra, e Aragorn é uma mistura equilibrada dos dois. Dois grandes defeitos do jogo são a sua duração e a dificuldade desequilibrada. O jogo é bastante curto, com pouquíssimas fases, de modo que em menos de 2 dias eu já cheguei ao estágio final. E aí esta o outro problema, a dificuldade do jogo é bastante desproporcional. Tudo é muito fácil, até que você chegue ao último desafio, onde você empaca de vez - e não sai. Eu, pelo menos, nao consegui terminar o jogo, e soube na locadora que muitos outros antes de mim encontraram o mesmo destino. O final é absurdamente difícil quando comparado ao restante do jogo. Talvez com mais um dia de dedicação e muita paciência, eu chegasse a ver o final. Ainda assim não fez tanta falta: seria, previsivelmente, uma cena que eu ja vi no cinema. :) O grande atrativo do jogo, e o que realmente me recompensou, são os 'extras' desbloqueados sempre que você cumpre alguns objetivos. Entre eles, estão vídeos de entrevistas com os atores principais, alguns making ofs, fotografias do filme e desenhos conceituais. E o melhor de tudo mesmo são as entrevistas com os atores, muitos sao difíceis de reconhecer sem a maquiagem e as vestimentas. Ver o ator que faz Legolas de barba na cara e cabelos pretos, além do ator que faz o Gimli em sua altura real e de cara limpa não tem preço. :) Somente isso já valeu a locação do Mini-DVD. Um detalhe interessante é que todos os atores, quando mostrados jogando, tem o gamepad borrado com uma mancha preta. O motivo é simples: todos eles estão jogando a versão do PS2 com um DualShock2, e não seria nada educado mostrar isso em um console GC ou XB. Algo que seria muito interessante se estivesse presente no game seria a opção de jogar em modo cooperativo com os amigos durante as fases, uma vez que seu personagem nunca esta sozinho mesmo. Em vez de NPCs (non playable characters) na tela, poderia muito bem ser um amigo no outro gamepad. Mas como os jogos de hoje em dia prezam pela solidão do jogador.. No final das contas, 'LOTR: TTT' é um bom jogo para o GameCube, só recomendo não aluga-lo por um tempo muito longo. Sendo um grande fã de 'Metal Gear', mal posso esperar para por as maos em 'Splinter Cell'. Como o meu PC nao preenche os requisitos minimos para roda-lo, minha esperanca é de conhece-lo atraves do GameCube. Isso já aconteceu antes com 'Spiderman: The Movie' e com 'Crazy Taxi', de modo que o GC acaba sendo o meu salvador. Todavia, vendo estas fotos comparativas do XB e PS2, me deu um desanimo. As fotos mostram diferenças gritantes na qualidade gráfica, principalmente no tocante ao jogo de luzes. Imagino que a versao do GC tb terá serias limitacoes em comparacao com o original. E, ao contrario do que muitos estao pensando, nao é por conta do hardware mais ou menos poderoso: é porque as versoes de GC e PS2 sao meros ports, a versao original é feita especificamente para o XB/PC. Estou desanimado.. Espero que a falta de jogo de luzes e sombras nao prejudique tanto assim a jogabilidade stealth. Mal falei do MAME 064 no post passado e já lançaram o MAME 065. A impressão que tenho é que estão lançando muitas versões próximas umas das outras, e sem mudanças realmente significativas. Poucos jogos adicionados ou modificados. Reconheco que isso é reflexo da maior disponibilidade do Nicola Salmoria ao projeto, agora que ele finalizou suas atividades acadêmicas, mas me leva a questionar se é realmente necessário. Talvez esperar um pouco mais oferecesse versões que realmente valessem a pena baixar. Tudo bem que o MAME em si é pequeno, mas refiro-me a atualizar toda a imensa coleção de ROMs adequada a cada versão. Por isso, permaneço feliz com o meu 062. Considero-me um jogador das antigas. Daquele que ia os arcades quando eles eram obrigatorios até para quem tinha consoles em casa. E viu os a ascensão dos jogos de naves (jogando muito Galaga), em seguida dos jogos de plataforma (jogando muito Elevator Action), em seguida dos jogos de luta (jogando muito Street Fighter 2), em seguida dos simuladores (jogando muito Daytona USA). E que hoje se entristece ao entrar em um arcade. Daquele que trocou muitos cartuchos de Atari 2600 no primário, que jogou muito game de pistola com o Master System e o NES, que brigou com os colegas pela superioridade entre o SNES e o MegaDrive, entre tantas e tantas histórias. Pois bem, justamente por me achar neste perfil de jogador, resolvi comprar um Nintendo GameCube. Afinal, dentre os 3 novos consoles, o da Nintendo era o único elo de ligação com os grandes sucessos do passado - pensei. E poderia jogar Mario, Metroid, Zelda, jogos realmente marcantes em minha juventude, com a mesma qualidade de 10/20 anos atras. Hoje, me sinto insatisfeito. As versões modernas das franquias clássicas na era 8/16 bits estão saindo todos no PS2. E isto so piorou hoje, ao ver a noticia de que Castlevania vai sair para o PS2 !! Afinal de contas, eu definitivamnte precisarei de um PS2 para experimentar toda a minha nostalgia. Vejam a lista de jogos que rodei nos meus consoles Nintendo na era 8/16 bits, e que hoje so estao disponiveis no PS2:
Definitivamente, o PS2 é o console dos jogadores da velha geração. Mas, por enquanto, não posso manter dois consoles de de 128 bits simultaneamente. E sigo fiel ao meu bom e velho console Nintendo. Fiquem com a imagem do Psycho Mantis, um dos vilões de Metal Gear Solid, e até o próximo post. :)
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