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Soube que na RedeTV há um programa chamado Leitura Dinâmica, que exibe reportagens sérias abordando vidoegames. Isso é raro na TV aberta brasileira, que sempre tratou o assunto com descaso e esbanjando desinformação sobre o assunto. Ainda não assisti nenhum programa para saber ao certo, mas é dito que trata-se de um programa jornalístico de variedades, e que na parte de entretenimento sempre é exibida uma reportagem sobre um livro, um filme e um game. Passa de segunda a sexta às 23h30 e nos domingos às 20h00. Há cinco dias foi anunciado o lançamento do MAME 0.66, bem como do MAME32 em mesma versão. Entre os novos jogos emulados, quase todos são japoneses. E arcades com títulos como 'Ben Bero Beh', 'Don Den Lover Vol. 1', 'Dorodon', 'Hana no Mai', 'Vs. Ninja Jajamaru Kun', 'Mahjong Derringer', 'Saru-Kani-Hamu-Zou', 'Watashiha Suzumechan' e 'Ultra Toukon Densetsu ', entre muitos outros, não me despertam muito interesse. Uma boa notícia é que '1944: The Loop Master', recentemente desencriptado pelo CPS2Shock, está na lista de jogos suportados nesta nova versão do MAME. De qualquer modo, permaneço preso na versão 0.62, e com uma preguiça danada de baixar todos os 04 updates de ROMs - principalmente com esta conexão 56k. :) Para os aficcionados em emulação de máquinas arcades, tenho algumas dicas de links interessantes. O primeiro deles é o CAESAR, sigla do projeto denominado 'Catalogue of Arcade Emulation Software'. É simplesmente o site de referência quando o assunto é arcades, dispondo de todos os emuladores, para todas as plataformas e sistemas operacionais, e (praticamente) todos os games listados, classificados por categorias como ano de lançamento, softwarehouse, etc. E ainda abrange seções específicas para desenvolvedores, com bibliotecas gráficas e sonoras, compiladores, assemblers, cores, e muito mais. Um outro site interessante é o UnMAMEd Arcade Games, que lista os jogos não emulados pelo MAME, os emulados com sérios problemas, e os que não estão no MAME mas são suportados por outros emuladores. Os jogos são classificados por softwarehouse ou por título, e a cada nova versão do MAME a lista é atualizada com as devidas supressões. Um outro site parecido é o NonMAME, que dedica-se a listar os jogos arcade suportados por outros emuladores que não o MAME. Destaque para a bela lista do Daphne, que emula jogos em laserdisc, como 'Space Ace' e 'Dragon's Lair' (provavelmente o nome do programa é uma homenagem à bela donzela do jogo). Por fim, recomendo o System16 - The Arcade Museum, que não apenas aborda o sistema da Sega, mas também várias placas arcades da Namco, Atari, Konami, Midway, Taito, etc. Muito bom. ![]() Há pouco tempo houve o Carnaval, e resolvi aproveitar a ocasião para jogar bastante. Como moro em Recife e esta cidade literalmente pára nesta época, inclusive a locadora, qualquer jogo que eu alugasse teria de ser pelo intervalo de uma semana. Resolvi, então, alugar dois jogos do cubo relativamente antigos e muito comentados, porém ainda inéditos para mim: Resident Evil e Super Smash Bros Melee. E ressalto que aluguei os dois de uma só vez, pelo período de uma semana, por motivos de segurança: como são gêneros bem distintos, caso eu nao gostasse de um deles, teria o outro jogo para me salvar até o fim do feriado. Passado o período, depois de alguma jogatina, vou tentar expor aqui as minhas impressões sobre estes 'classicos' antigos. 'Resident Evil' é um jogo que venho observando de perto há algum tempo. Não o conheci durante a era PlayStation, mas reconheco o grande impacto que esta franquia teve no mundo dos videogames, e que rende frutos e fãs até hoje. Quando foi lançado a versão remake para o GameCube, ainda nos primeiros meses do console, não se falava em outra coisa nas revistas de games, sites, fóruns e pátios de colégio. Era impossível ficar indiferente, e eu sentia-me um extraterrestre por não conhecer nada sobre a série. Mais recentemente, com o lançamento exclusivo de 'RE Zero' para o cubo, todo o boom voltou, e os zumbis retornaram às capas das revistas. Mesmo a chegada silenciosa, morna e bastante criticada de 'RE 2' e 'RE 3: Nemesis' ao console da Nintendo, no mês passado, e os primeiros vídeos e fotos do anunciado 'RE 4' mantem o assunto em pauta. Enfim, queira ou não queira, goste ou não goste, é quase que inadmissível possuir um GameCube e não dar sequer uma jogadinha em um RE. A minha hora havia chegado. O primeiro jogo, lançado pela Capcom em Janeiro de 1996 para o PlayStation, foi um sucesso absoluto e inaugurou uma nova modalidade de jogo: o survival horror. Em jogos assim, o objetivo não é matar todos os inimigos, mas simplesmente sobreviver, em um ambiente de suspense constante e repleto de situações amendrontadoras, enquanto puzzles são resolvidos. O jogo teve ports para o Saturn e PC. Há pouco tempo, encontrei a versão de PC ripada no site Games & Cia, baixei e rodei usando o eVoodoo. Ficou perfeito, considerando os gráficos da época, é claro. Porém, logo vi que não era o meu gênero de games. O jogo cria um clima de tensão permanente, através de seus inimigos macabros, cenários desoladores repleto de corredores estreitos, ângulos fixos de câmera que o deixam ansioso sobre o que está ali na próxima tela, munição bastante limitada para inimigos que morrem e em seguida levantam, e o controle do personagem - que não permite boas manobras por ter sido feito para a exploração e não para a ação. Não consegui jogar muito tempo, pois não aprecio jogos que me deixem tenso ou com medo (ex: 'Alone In The Dark', 'Silent Hill'). Além disso, o controle já estava dando nos nervos de tão ruim que era para se acostumar. Enfim, minha primeira experiência com RE foi um fracasso retumbante, e logo apaguei-o de meu disco rígido dando o assunto por encerrado. Todavia, não era tão simples escapar do legado deste jogo. A cada visita à locadora, lá estavam as duas caixinhas na prateleira, oferecendo gráficos deslumbrantes, novas cenas, e a porta de entrada para todo o universo RE. Um belo dia testemunhei uma pessoa testando o jogo na locadora, e fiquei impressionado com os gráficos e a animação. Então decidi que precisava locá-lo, e tentar de novo. A proximidade do Carnaval trouxe a oportunidade certa para isto.
O primeiro ponto que impressiona na versão remake de 'Resident Evil' para o cubo é a excelência gráfica. O nível de detalhes dos cenários, os bons efeitos de iluminação, a nova modelagem da mansão são espetáculos a parte. Muitos criticam por se tratar de imagens pré-renderizadas, e não construidas em 3D a tempo real, mas pouco importa o método utilizado: o fato é que o resultado final é bastante realista e envolvente. Além de receber uma construção mais bonita e de ser exibido em uma maior resolução gráfica que a versão PlayStation, os cenários da mansão não são mais imagens estáticas, e sim pequenos filmes em loop infinito. Isso permite efeitos de iluminação mais realistas, como chamas de velas, candelabros balançantes, e flashes de relâmpagos nas paredes. Considerando a baixa resolução dos televisores, pode-se dizer que RE exibe cenários em qualidade fotográfica. A modelagem em 3D, em si, é bastante restrita aos personagens e a alguns itens, atém dos vetores invisíveis que definem a área de movimentação dentro do cenário. Talvez por isto estes objetos são tão bem modelados, com belas texturas, curvas suaves e articulação perfeita. Achei que jogar com Jill Valentine foi um colírio para os olhos e, por mais bizarro que isto possa parecer, nela encontrei o bumbum mais bem modelado da história dos videogames. :) RE é um jogo que dá medo, muito medo. O clima de suspense é constante, o jogador permanece continuamente tenso e esperando uma surpresa (desagradável) a qualquer momento. Ao contrário dos outros jogos, que considero relaxantes e prazerosos, quando levantava-me da cadeira apos algumas horas de RE sentia-me fatigado e dolorido, tamanha a ansiedade. E a tensão criada por 'Resident Evil' não pode ser atribuída apenas ao cenário sinistro de uma mansão abandonada à noite, nem ao medo proporcionado por inimigos mortos-vivos, tampouco aos ângulos de câmera que fazem com que a entrada em cada tela seja uma pequena surpresa.. A verdade é que, além destes fatores citados, a grande motivação para o medo é que você, no controle do personagem, passa todo o tempo como uma vítima, e não como um herói. É por isso que se denominou este tipo de jogo de 'survival horror'. Mesmo que voce queira detonar os inimigos que encontra pelo caminho, você não conseguiria. Sua munição é limitadíssima e insuficiente, os itens de recuperação de energia são finitos, e até mesmo o número de vezes que você pode salvar o jogo é controlado. Outro detalhe é que os zumbis, depois de nocauteados, levantar-se-ão alguns minutos ou horas depois para atacar novamente, desta vez bem mais agressivos, rápidos e letais. Esta é uma novidade da versão remake, os chamados Crimson Heads, e para preveni-los foi introduzida outra novidade: você pode queimar os zumbis inconscientes com querosene, extinguindo-os de vez. O problema é que o querosene, assim como tudo neste jogo, é limitadíssimo e não dá para todos.
Confesso que eu estava muito desestimulado diante de toda esta dificuldade. Sempre cultivei o habito de salvar o jogo a todo momento, ou pelo menos a cada progresso bem sucedido, e nem isso eu podia praticar. Isso aumentava ainda mais a minha tensão, de perder todo o avanço a qualquer momento. Até que descobri algumas coisas interessantes, que me facilitaram bastante o jogo. Primeiro, descobri que os Crimson Heads são todos destros, ou seja, só atacam pelo lado direito. Isso é importante, pois tentar escapar correndo pela esquerda deles tem uma chance muito maior de dar certo. E a descoberta que simplesmente revolucionou o meu modo de jogar foi o glitch que permite a Jill Valentine ter munição ilimitada no lança-granadas. Deste modo, posso detonar literalmente todos os inimigos do jogo, sem medo de ser feliz, com poucos e poderosos tiros - e ainda queimando-os no ato. O jogo tomou outros rumos, passei a dominar a situação, e fiquei novamente estimulado a jogar. Pena que, quando descobri isso, meu tempo de locação havia acabado, e tive de devolver os discos. Posteriormente, pretendo alugar novamente, para assistir a pelo menos um dos múltiplos finais. Estou há quase duas semanas com o jogo 'Skies Of Arcadia Legends' do GameCube, o primeiro RPG respeitável para o console. É a mesma versão do jogo lançado pela Sega para o Dreamcast, com a adição dos updates que na época eram disponibilizados por download. Já estou com 40 horas de jogo, empolgadíssimo com a história e as missões, e pretendo escrever um review assim que tiver mais tempo. Mas já adianto que, para os fãs de RPG eletrônico, 'Skies Of Arcadia Legends' é imperdível, e tem todos os elementos clássicos: batalha em turnos, encontro randômico de inimigos, belas magias, história longa e cativante, personagens marcantes e muitas side quests. Os gráficos são um pouco ultrapassados, herança de um DC de 03 anos atras, mas nada comprometedor. O fato é que estou muito dedicado a este jogo, aproveitando um RPG como não fazia há muito tempo. ![]() A Nintendo européia lançou o GBA SP com propagandas, no mínimo, ousadas. Esta aqui, a que achei mais original, coloca o pequeno console como a segunda melhor coisa a se aproveitar no escuro. Todos os anúncios usam pessoas adultas como modelos, e um termo 'for men' indica claramente a faixa etária dirigida. Tanto o GBA como o GBA SP coexistirão no mercado, sendo que o segundo, aparentemente, será voltado a consumidores mais velhos, e dispostos a pagar um pouco mais por um objeto de consumo atraente. E o design do console é perfeito para isso. De qualquer modo, se a Big N era bastante criticada por seu direcionamento infantil, agora expõe estrategias de vendas convincentes - e bastante adultas. Bom, acho que ja escrevi bastante por hoje... Agora só preciso encontrar um computador com internet para publicar, ou esperar chegar em casa. Logo em breve espero estar contando o restante de minha experiência com 'Skies Of Arcadia Legends' do cubo e com 'Metal Gear Solid' do PC. E gostaria de fechar o post de hoje com a recomendação do site MobyGames, onde pode-se encontrar um imenso banco de dados de jogos de consoles e PC, novos ou antigos, com fotos das capas, informações precisas sobre datas de lançamentos e ports para outras plataformas, reviews, etc. Um excelente local para quem busca infos sobre jogos domésticos a partir de 1992, de modo detalhado e seguro. Até mais.
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