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segunda-feira, abril 07, 2003  escrito por ecesar | 23:36 |

Olá pessoal ! Hora de mais um post gigantesco após uma ausência igualmente gigantesca. Preciso aprender a escrever textos com maior frequência e menor tamanho, mas meus períodos em frente a um desktop tem sido escassos. Desta vez estou redigindo de uma maneira diferente, utilizando o w.bloggar. Conheci-o em uma busca por blog editors no site Download.com, uma vez que o BlogBuddy já não me oferecia satisfação plena. O w.bloggar é um pouco maior (1.7 MB), mas oferece uma interface bem mais agradável, mais opções e ferramentas que facilitam a edição de posts, suporte a múltiplos serviços de weblogs gratuitos ou pagos, um cliente de FTP embutido, opção de salvar localmente o progresso do texto (ufa, acabou o suspense de perder tudo antes de postar), e o melhor: é freeware. Posteriormente, descobri que este software, disponível em oito línguas, não apenas é brasileiro como foi desenvolvido em minha cidade. O autor, Marcelo Cabral, reside em Recife. Assim sendo, se você possui um blog, recomendo fortemente que baixe este excelente programa, sob o risco de - como eu - redescobrir o prazer de redigir posts. :)

Ontem baixei a versão online da revista EGM americana que ainda nem chegou às bancas, através de um evento promocional. Trata-se da edição de Maio de 2003 na íntegra, sem tirar nem por, em versão digital e de alta qualidade. Para conseguir, basta entrar neste site e preencher um cadastro, contendo um endereço americano válido - escolha o de sua softwarehouse favorita. Voce será levado a fazer uma instalação online de um e-reader, chamado Zinio Reader, e este fará automaticamente o download da revista. O arquivo, específico para o Zinio, ocupa 16 MB e possui a extensão .ZNO. Eu particularmente o achei muito parecido com os tradicionais .PDF da Adobe, contando com os mesmos recursos. Um ponto negativo é que o e-reader me parece mais lento e pesado que os similares já existentes (Acrobat Reader, MS Reader, etc). As animações de passagem de página são legais, e a definição da imagem de cada página, utilizando o zoom, é excelente. Lendo a EGM, percebi o quanto a revista é povoada por anuncios publicitários de produtoras de jogos. É praticamente impossível encontrar uma página de informação que não seja acompanhada por uma outra apenas de anúncios, e muitas vezes há várias páginas de propagandas em sequência, até encontrarmos uma discreta página - ilhada - de matérias reais. Isso explica o grande volume de páginas que a revista americana possui. Comparativamente, os anúncios nas revistas de videogame no Brasil são basicamente de anúncios de lojas, enquanto que nas americanas são de produtoras de games. Outro fato que me chamou a atenção foi que a diagramação da revista é idêntica à da EGM Brasil. Na verdade seria o inverso, pois a nossa revista é uma mera conversão, mas senti-me feliz em encontrar o mesmo visual ao qual já estava acostumado. Agora apenas preciso de mais tempo para ler todas as matérias com calma, economizando cerca de 35 reais e 30 dias de espera pela revista impressa nas bancas.

Eu possuo um controle DualShock de PSOne como periférico de meu PC, através de um adaptador USB, e sinto-me plenamente satisfeito. Na verdade, para ter satisfação completa, so faltava conseguir habilitar a função rumble e fazer com que o direcional analógico direito funcionasse como controle de câmera, e não como um mero rudder/throttle. Ainda assim, jogar títulos emulados do N64 e do PSX adquire outra experiência. Alguns títulos de PC que originaram-se do PSX, como 'Rayman 2' e 'Metal Gear Solid' possuem adaptação total e imediata ao novo controle, oferecendo a experiência de jogo perfeita. Mas esta introdução toda serviu apenas para relatar um fato, que pode ajudar outras pessoas que estejam experimentando um problema semelhante ao meu. Há algum tempo, baixei da internet alguns ISOs de PSX, e os gravei em CDRs. A maioria deles funcionou perfeitamente, mas dois deles padeciam do mesmo problema: inicializavam, rodavam, exibiam a tela de abertura, mas não me permitiam sair dela e avançar para o jogo propriamente dito. Ficavam apenas no 'press start'. Os jogos eram 'Castlevania - Symphony Of The Night' e 'Breath Of Fire III'. Tentei procurar soluções em fóruns especializados, sem sucesso. Baixei novas versões de ISOs, baixei novos BIOS para os emuladores, tentei versões diferentes do mesmo emulador, modifiquei plugins do GPU, do SPU, do CDROM.. E nada. Até que, sem outras alternativas, tentei modificar as configurações do gamepad, e descobri que no modo analógico habilitado, o botão Start do controle não funcionava com estes jogos. Então, meus amigos, aqui está a solução simples: deixem seus gamepads em modo apenas digital, e joguem felizes seus games de PSX da era pré-DualShock que se recusavam a funcionar no ePSXe. Agora já posso desfrutar de SOTN.

Andei baixando muitos vídeos de jogos de consoles ultimamente, e um dos que mais me impressionou foi o de 'Project Number 03', jogo da Capcom exclusivo para o GameCube. As notícias são de que o título tem decepcionado a crítica e o público no Japão, onde já foi lançado, mas nem isso diminui a minha vontade de experimentá-lo. Outros vídeos que me chamaram a atenção foram os de 'Final Fantasy X-2' e 'Transformers' do PS2, 'F-Zero GC' do cubo e 'Splinter Cell' e 'Enter The Matrix' de todas as plataformas (PC, GC, XB e PS2). O primeiro jogo do universo Matrix não me impressionou, a principio, por seus gráficos capengas e protagonistas desconhecidos. Porém, o novo vídeo do jogo (55 MB) é bastante empolgante, e me deixou mais animado para experimentá-lo. E a informação que tenho é que os irmãos Larry e Andy Wachowski expandiram o universo Matrix em 03 segmentos simultaneamente: um será contado em 'Matrix Reloaded', outra parte da história em 'Matrix Revolutions' e a terceira em 'Enter The Matrix', esta última em forma de game. Tudo neste ano de 2003. O que me admira é que os autores, fãs confessos de videogame, tenham permitido um esmero gráfico tão baixo em ETM. Vamos ver se a qualidade do jogo supera esta aparente deficiência.

A E3 se aproxima, e a expectativa de grandes novidades aumenta. Sabe-se que o evento trará um anúncio salutar aos bolsos dos consumidores: provavelmente o preço de todos os 3 consoles baixará. Como moro no Brasil e os preços praticados pelas importadoras misteriosamente não respeitam nem sequer a contínua baixa do dólar, é bastante provavel que nada mude por aqui. Eu, particularmente, estou muito cético quanto ao meu GameCube. Agora que as principais franquias da Nintendo já foram lançadas (Mario, Metroid, Zelda), não sei mais por o quê esperar. Um já decadente Pokemón ? Jogos de personagens de menor calibre, como Kirby ou Wario ? A verdade é que o panorama para os possuidores do cubo já não é tão otimista como na E3 do ano passado, quando foram anunciados os chamados 'três gigantes da Nintendo'. Minha experança é de ser surpreendido por jogos sem pedigree, como 'Eternal Darkness', 'Animal Crossing' ou 'Vexx'. De qualquer modo, dos jogos já anunciados antes da E3, elaborei a minha wish list para o cubo:

- Splinter Cell
- Hitman 2
- Zelda: The Wind Waker
- Final Fantasy: Crystal Chronicles
- Driver 3
- Enter The Matrix
Pode-se considerar que a guerra de consoles desta geração já está ganha. O Sony Playstation 2, mesmo com toda a sua idade e limitações técnicas, permanece líder de vendas no Japão e EUA, principais mercados de videogames, mantendo ampla distância dos dois concorrentes e preservando a superioridade de sua base instalada - que já era grande pelo tempo maior de existência. Aproveitando-se do sucesso e prestígio do console anterior entre os consumidores (valorizado pela retrocompatibilidade), da ampla adesão de softwarehouses (atraídos pela maior base instalada e consequente maior possibilidade de vendas), da exclusividade de franquias famosas ('Tekken', 'Final Fantasy', 'GTA', etc) e da maior abertura para franquias estreantes (vide motivo anterior), o PS2 reina supremo na preferência dos consumidores nesta geração de consoles, provando o que o GameBoy já havia demonstrado: o poder do hardware não é o mais importante na hora de enfrentar os concorrentes. O Nintendo GameCube briga com o Microsoft XBox pela segunda colocação, ambos bastante distantes do primeiro lugar. Mesmo apresentando os seus grandes trunfos no ano passado, o cubo não decolou como o previsto - e provavelmente não mais decolará. O XBox, único console não-nipônico, amargou uma baixíssima aceitação no mercado oriental, mantendo-se basicamente pelas vendas na Europa e EUA. Rumores citam prejuízos constantes arcados pela Microsoft desde o lançamento, considerando os custos de produção de um console e o seu preço final para venda nas lojas. Alguns grupos, inclusive, estão usando o XB adaptado como um servidor Linux, alegando ser uma oportunidade única de ter um PC de bom desempenho (com bom processador, disco rígido, placa aceleradora 3D, drive de DVD, saída de rede) a meros 149 dólares. Temos cerca de 2-3 anos até a próxima geração de consoles, e é muito pouco provável que grandes revoluções ocorram neste cenário. De qualquer modo, tenho minhas dúvidas se o já anunciado PS3 manter-se-á na liderança, pois provavelmente encontrará um cenário nada semelhante ao da transição PS1/PS2. Espero estar vivo até lá. :)

Vou aproveitar este momento para corrigir um erro de informação no post anterior. Os palmtops da Palm foram desenvolvidos e lançados por esta mesma empresa, no início dos anos 90. Em meados daquela década, a Palm foi comprada pela US Robotics, e esta última foi comprada pela 3Com. A 3Com, portanto, não foi a desenvolvedora original dos primeiros Palm Pilots. Estas informações foram obtidas do primeiro capítulo de um livro sobre programação para PalmOS e WindowsCE, que encontrei por acaso em uma livraria, em meus passeios ociosos. Se eu fosse um programador, eu o teria comprado. :)

O jogo 'Zelda: The Wind Waker' esta sendo comercializado pelas importadoras por um preço bem maior que qualquer outro lançamento de NGC, o que é absolutamente inexplicável. Lançamentos como 'Rayman 3' ou 'Zelda: TWW' sao vendidos nos EUA pelo mesmo preço: US$ 49. Aqui no Brasil, a diferença de preço entre os dois é gritante, um óbvio oportunismo. E falando em oportunismo, as tais importadoras estão até mesmo vendendo o (gratuito) disco bônus à parte, ou cobrando valores bem superiores pelo TWW quando na compra é incluído o (repito, gratuito) disco bônus. Muitos podem alegar que os custos de frete de duas caixinhas é maior que o de uma, mas então por que isso não aconteceu com o 'Animal Crossing' e seu Memory Card 51 ? Provavelmente a falta de hype deixou o pack mais leve e compacto.. E, só para constar, o dólar está caindo a cada dia (hoje a cotação fechou em R$ 3,15) mas os preços das importadoras continuam em escalada. Se continuar assim, por um bom tempo eles não verão a cor de meu rico dinherinho. :)

Há alguns dias, tive mais uma aventura pelos repositórios underground de pirataria videogamística do Recife. Soube, por intermédio de um amigo, da existência de uma tal 'AIC Games', que teria o maior acervo de CDs e DVDs piratas de PS2. Fiz o primeiro contato com a loja pelo telefone (81) 3421 5095, e recebi umas coordenadas imprecisas para chegar ao local. Então, uma vez na rua de fundos do Shopping Boa Vista, no centro da cidade, saí perguntando aos nativos e estes indicaram o meu caminho à famigerada loja. Seria muito difícil encontrar sozinho, pois a loja fica no primeiro andar de um prédio antigo, em uma rua de comércio de móveis usados, apenas com uma discreta placa de metal dependurada na entrada da escadaria. Entrando no insuspeito prédio e subindo as escadas, as coisas começam a melhorar: anúncios de ofertas e jogos novos aparecem ao fim dos degraus. A loja em si é um verdadeiro templo da pirataria, com centenas de reflexivos CDs afixados com pregos às paredes (daí percebe-se o quanto esses discos de PSX são vagabundos e vêm com defeito), uma visão realmente brega. Na entrada, uma máquina de karaokê velha à venda, sendo usada por uma das lojistas. Os balcões mostram pilhas e pilhas de cartuchos velhos de GB, GBC e Genesis, além de outras já tradicionais quinquilharias, a precos populares. Uma caixa de papelão cheia de cartuchos de N64 anunciava o preço de R$ 20,00 para qualquer título ali contido. Enquanto as atendentes (jovens, bonitinhas e burrinhas) ocupavam-se dos clientes, dois caras gordos ficavam no balcão do outro lado, um deles jogando 'Winning Eleven' em um PSOne. Abaixo deste balcão, havia um PS2 à mostra fora da caixa, entre discos e mais discos de PSOne e DC. Quando perguntei ao gordo, fui informado que eles só vendiam PS2 destravados com o Magic 3, e por 1500 reais. Não gostei. Então, pedi para ver os DVDs piratas de PS2, e fui conduzido a uns gavetões que ficavam atras das atendentes do outro balcão. As gavetas, imensas e abarrotadas de discos, eram difíceis de mover. Lá dentro, um sem número de DVDs gravados, com as já tradicionais embalagens trash, disputavam espaço - e notei que alguns estavam muito arranhados na superfície de leitura. Cada um custava entre 30 e 50 reais. Então dei mais uma olhada nas revistas de games antigas à venda, nos GB Pocket usados em promoção por 99 reais, na partida de 'Winning Eleven' do gordo e fui embora sem comprar nada, antes que achassem que eu era um policial federal infiltrado. Foi o mais próximo que encontrei de uma Galeria Pagé no Recife. :)

E agora vamos a alguns links interessantes:


Neste mês de Março, comprei a revista Nintendo World. Sempre que compro esta revista, movido por uma capa atraente ou meramente pelo desejo de ler sobre videogames em locais onde não há um micro com internet, me arrependo profundamente. Mantido pela mesma editora e por muitos membros da EGM Brasil, a NW diferencia-se bastante de sua irmã mais nova. A diagramação visual da revista não é tão agradável e há muitas seções desnecessárias e desinteressantes para uma revista de videogames ('Hot Paint', 'N-Web', 'Gallery', etc). Ademais, falta esmero na revisão dos textos antes da impressão, gerando erros grotescos de informação. Nesta edição nº 55, por exemplo, 'Lunar Legend' é apresentado como um jogo de GameCube (pág 14), 'Skies Of Arcadia Legends' é referido como 'Eternal Arcadia Legends' (pág 47), a matéria sobre 'The Sims' para o GameCube é totalmente ilustrada com fotos da versão PS2 - com direito a close nos tradicionais botões em triângulo, círculo, quadrado e xis (pág 22, 23 e 57), entre outras atrocidades. Todavia, o que mais me incomoda é o modo infantilóide de tratar os leitores, fato de grande notoriedade na seção de resposta a cartas - chega a ser patético, algo semelhante ao discurso de uma avó dirigido ao seu netinho em idade pré-escolar. Sem mencionar que as perguntas realmente importantes não são respondidas por completo. Outra demonstração de abordagem pouco séria ao assunto é que as matérias dos jogos propriamente ditos, os chamados previews e reviews, parte mais importante de qualquer revista de videogame, praticamente não analisa nada. A quase totalidade do texto dedica-se a contar a história do game e de seus personagens, seus conflitos psicológicos, os antecedentes da trama, etc. A parte técnica, propriamente dita, quase não é mencionada. Oras, eu não quero uma revisão literária ou uma análise de roteiro, estamos tratando de um jogo de videogame ! Aparentemente, na cabeça dos editores, os leitores massivamente pré-escolares da revista, acostumados a ler quadrinhos e assistir a animes, são mais interessados em histórias bem contadas. Deste modo, a baixa densidade de informações me faz ler a revista inteira em menos de duas horas, quando levo praticamente o dobro do tempo para ler a mesma quantidade de páginas de uma EGM Brasil. Por fim, por ser uma revista controlada pela própria Nintendo (com o 'Official Nintendo Seal Of Quality' na capa e tudo), nunca se vê críticas à Big N ou seus produtos nas matérias, mesmo que isso contrarie o bom senso. No máximo, cita-se brevemente o fato e complementa-se com uma expectativa otimista de resolução do problema. Compare a abordagem feita pela OuterSpace e a feita pela NW sobre os preços de lançamento do NGC e de seus jogos no Brasil no ano passado, por exemplo. Nesta edição de nº 55, um grande evento como a saída da Gradiente como representante nacional da Nintendo, deixando todos os brasileiros oficialmente dependentes de importadoras, foi reduzido a uma mera nota de rodapé, na página 13. Muito fantasiosa e superficial, por sinal.

Durante 14 dias, estive gastando as minhas noites em frente à TV com o jogo 'Skies Of Arcadia Legends', o meu primeiro RPG para o cubo. Por sinal, SoAL marca minha re-estréia no mundo dos RPGs fora da era 16 bits, considerando que as minhas últimas experiências aconteceram no velho SNES - e que bons tempos aqueles. Enquanto o SNES ganhou notoriedade por sua biblioteca de RPGs de indiscutível qualidade, o NGC ainda amarga o triste histórico do N64 em relação a este gênero. Os poucos títulos lançados são de baixa qualidade e, exceto 'FF: Crystal Chronicles' da Square-Ênix, nenhum título anunciado tem gerado grande expectativa. Neste cenário desolado, a Sega teve a ideia de oferecer aos cubistas o seu RPG mais recente, desenvolvido para o DreamCast há cerca de 3 anos. Teve o cuidado de corrigir algumas falhas do original segundo as queixas dos jogadores - como diminuir a frequência de batalhas randômicas durante a movimentação do personagem pelo cenário - e adicionar algum conteúdo disponibilizado posteriormente via download aos jogadores de DC; modificou o logotipo do jogo, adicionou a terminação 'Legends' ao título, e o colocou nas lojas.

'Skies Of Arcadia Legends' é um RPG nos moldes mais tradicionais, com batalhas em turnos, encontros randômicos com os inimigos, evolução por pontos de experiência, belas magias, e um amplo arsenal de poções, itens, armas e armaduras. Em um mercado repleto de 'Action' RPGs, 'Adventure' RPGs e 'Cards' RPGs, nada melhor que encontrar um bom exemplar de RPG tradicional. A história de SoAL, apesar de cheia de clichês, é longa, cativante, e cheia de reviravoltas. Cada um dos personagens, principais ou secundários, é dotado de carisma e consegue cativar o jogador com seus dramas pessoais, seu temperamento próprio e suas habilidades que tendenciam o comportamento de todo o grupo. Durante o jogo, personagens entram e saem de seu grupo, obrigando o jogador a redefinir suas estratégias de batalha. Adicionalmente, foi inserido um modo de batalha entre embarcações que muito se aproxima dos jogos de estratégia de guerra, quebrando um pouco a rotina das lutas convencionais. Os gráficos são de baixa qualidade, o que é compreensível pela idade do jogo e por ter sido desenvolvido para um hardware mais limitado que o GC, mas não comprometem tanto a diversão do jogo. Na verdade, após algumas horas de jogo, a imersão na saga de Vyse e sua trupe foi tão intensa que o aspecto gráfico do game não mais importava. Os sons seguem o mesmo conceito, com melodias apenas medianas, e achei apenas a da abertura marcante o suficiente para merecer atenção. Os dialogos não são falados, ocorrendo apenas algumas expressões monossilábicas de vez em quando. Todavia, apesar das limitações tecnológicas, SoAL é um grande RPG, talvez o único representante decente do gênero disponível para o cubo até agora. Eu recomendo. :)

Minha última locação para o cubo foi o recém-lançado 'Rayman 3: Hoodlum Havoc'. Por sinal, fui o primeiro da locadora a por as mãos no jogo, e passei 24 horas com ele. Meu primeiro contato com a série Rayman ocorreu com 'Rayman 2: The Great Escape', em meu PC. Na época, eu havia acabado de conhecer o mundo maravilhoso dos jogos de plataforma em 3D, através de 'Super Mario 64' emulado no PC. Completamente viciado neste estilo de jogo, passei a procurar títulos que se aproximassem do grande clássico, e acabei deparando-me com um demo de RM2 para PC. Gostei muito, e encomendei uma cópia a um dos famosos 'distribuidores alternativos de jogos via motoboy' do Recife. Chegou dois dias depois, e eu joguei como nunca, feliz da vida. RM2 foi lançado também para PSOne e N64, e contava com belos mundos coloridos e bem desenhados, um visual realmente deslumbrante, toques de humor bem balanceados, jogabilidade excelente e grande diversão. Tornei-me um fã imediato da série francesa.

Alguns anos depois, a Ubisoft traz para todos os consoles da nova geração novas aventuras de Rayman e Globox. Tudo bem, antes houve o insosso 'Rayman Arena', mas quem se importa ? 'Rayman 3: Hoodlum Havoc' é uma sequência direta de RM2, com pouquíssimas inovações. Os gráficos, obviamente, estão mais redondos e bem trabalhados, com cenários maiores e animações mais fluidas. Todavia, se a versão do PSOne revolucionou com seu visual, esta versão 128 bits mais parece um mero polimento do que já foi feito. A jogabilidade permanece a mesma, simples e eficiente. A câmera é controlável em grande parte do jogo, e fixa em alguns trechos estratégicos, assim como no jogo anterior. As novidades são o sistema de combos, que valoriza a coleta de itens em sequência, e as luvas estilizadas, dando novos poderes ao herói por tempo limitado. Como um bom jogo europeu, é oferecida a opção de cinco línguas: inglês, francês, italiano, alemão e espanhol. Desta vez todos os diálogos são falados, e as atuações de Globox estão mais hilárias do que nunca. Um destaque especial para a aparição dos 'médicos' do jogo, e para as tentativas de Globox de abrir portas mágicas através de códigos especiais - eu rolei de rir ! Desta vez o jogo conta com fases de bônus bem estilizadas, que muito lembram o último estágio de 'Sonic Adventure 2 Battle', mas com cenários psicodélicos e uma empolgante música estilo anos 60/70. O jogo em si é curto - eu o terminei em apenas um dia - e relativamente fácil. A grande dificuldade fica por conta do chefe final, que deve ser vencido de quatro modos diferentes, em sequência: descobrir a maneira de atingi-lo em cada um dos modos dá trabalho. Terminando, você receberá um código para inserir no site oficial do jogo e competir com outros gamers em todo o mundo pelo melhor ranking. No mais, para entreter, há vídeos engraçados, mini-jogos e um álbum de fotos que são destravados no decorrer da aventura. 'Rayman 3' é um jogo muito divertido e - opinião de fã da série - altamente recomendável. Eu agarantchio ! :D

Para finalizar, algumas notas rápidas. Hoje foi lançado o MAME 0.67, simultaneamente em versão original e MAME32. Desta vez foi adicionado suporte a jogos como 'Hard Dunk', 'Tattoo Assassins', 'Violent Storm' e 'Outrunners', além de melhorias na emulação de 'Killer Instinct'. E neste site pode-se encontrar os melhores e piores jogos do MAME, uma espécie de 'escolha da audiência', segundo os votos dos visitantes do mame.dk. Neste endereço está uma demonstração de que uma inocente página HTML pode torna-se um perigo quando interpretada por programas falhos como o Internet Explorer. Para manter a tradição iniciada nos cartuchos, o disco de 'Zelda: TWW' do NGC esta vindo na cor dourada, como mostra este scan de um feliz comprador. E no site da Amazon já pode-se encomendar o maravilhoso Segway Human Transporter, anunciado como o primeiro transportador pessoal hi-tech do mundo. Possui estabilização dinâmica, navegação guiada pelos movimentos naturais do dono, suporte a diferentes terrenos e é movido a energia elétrica, além de proporcionar a atenção de todos na rua. Tudo isso pelo módico valor de US$ 4950,00 - preço de um carro popular aqui no Brasil. Eu quero um ! E este foi o meu post mais longo até hoje, com exatos 26698 caracteres e 4123 palavras. Se você chegou até aqui embaixo, parabéns e obrigado pela confiança... :D