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![]() Vale lembrar que devo estar comprando meu PlayStation 2 ainda este trimestre, após muitas reflexões, difíceis análises e uma extraordinária força de vontade para desembolsar 1400 reais em um novo sistema (console + modchip + memory card + dvd region x). Estarei ausente do weblog por 20 dias, entre viagens a João Pessoa e ao Rio de Janeiro, mas ao retornar deverei estar dedicando-me à compra do PS2 direto de SP, com a Castor Games ou a Game Advice. Postarei mais detalhes quando eu retornar das viagens, bem como muitas outras novidades. Por enquanto vamos aos reviews dos jogos de GameCube. :) Peguei 'Mortal Kombat 5: Deadly Alliance' sem muita expectativa. Apesar de gostar muito de jogos de luta, a série MK perdeu quase todo o seu brilho nestes 12 anos de existência, e hoje é sinônimo de decadência. Até que eu vi, em uma vitrine de shopping, um PS2 rodando MK5 e achei os gráficos muito bons. Resolvi então dar uma chance ao game, e o loquei por apenas 24 hs. Este é o primeiro jogo da série MK que não recebe um lançamento em arcade antes dos consoles 128 bits, o que é bastante compreensível - e reflete bem as mudanças quanto à importância dos arcades nesta última década. Foi desenvolvido e lançado, simultaneamente, nos três consoles da nova geração, e pode-se dizer que este é o MK mais bem cuidado, mais detalhista, já criado. Por sinal, o próprio Ed Boon afirma isto em um making of incluso no disco, que demonstra todo o trabalhão da equipe de desenvolvimento em um prédio da Midway. Este é, de longe, o MK mais bonito graficamente (tudo bem, isso já era esperado), o de jogabilidade mais complexa, o mais longo e o mais cheio de detalhes. Agora vamos explicar cada tópico.
Os gráficos de MK5 são primorosos, realmente muito bons. Os cenários são muito bonitos, os personagens são bem modelados, as texturas são bastante detalhistas, e a movimentação dos lutadores é bastante natural. Durante a partida, de acordo com os golpes que o seu lutador vai recebendo durante a luta, o rosto do mesmo vai adquirindo deformações e hematomas. Há bastante sangue, como sempre, mas nada caricatural como em MK3. Mas é na jogabilidade que há a verdadeira revolução na série. Cada personagem possui três estilos completamente diferentes de luta, sendo dois deles desarmado. Estes estilos podem ser trocados a quaquer momento da luta, proporcionando grande dinâmica aos confrontos e exigindo ainda mais perícia do jogador. Os estilos de luta existem no mundo real e são exclusivos de cada personagem, e habitualmente os dois estilos possuem características de ataque e defesa bem diferentes, e com combos próprios. O terceiro estilo, com uma arma, já havia sido apresentado em MK4 e não traz mais surpresas. Considerando que cada personagem possui um estilo distinto, podemos concluir que este é o primeiro jogo da série MK onde os golpes normais (soco, chute) não são identicos para todos, quebrando uma antiga tradição. Para completar a jogabilidade, a resposta aos comandos é rápida e precisa, ainda que bastante prejudicada pela estranha distribuição de botões do cubo. Este é o primeiro jogo da série a possuir um modo story, onde o personagem escolhido faz uma longa peregrinação em busca de aperfeiçoamento técnico, em mais de 40 fases. Cada um dos lutadores posui um modo story diferente, com diferentes diálogos e oponentes, o que por si só demonstra o longo trabalho dos desenvolvedores. Há também a inclusão de moedas ganhas no decorrer do jogo, que servem para 'comprar' o destravamento de novos personagens, novos cenários, novos uniformes, novos vídeos e muito mais. Trata-se de um jogo grande, cheio de opções para serem exploradas, o que aumenta muito o fator replay e proporciona ao dono de uma cópia do jogo meses e meses de entretenimento. O grande problema de MK5, em minha opinião, é que ele herda uma tradição da série que eu não aprecio: a valorização de combos. Em poucas palavras, só avança no jogo e tem chances de chegar ao final quem é bom de combos. Isso já era notado em MK2, mas em MK3 - com a introdução do botão Run - a tal combomania escancarou de vez. Sou mais chegado a jogos de luta técnicos, que valorizam mais a escolha de movimentos e menos a decoreba frenética de ordem de botões dos combos. É por isso que eu gosto mais de Virtua Fighter e Tekken, e menos de MK e Killer Instinct. Em MK5, eu até me esforcei para conseguir gostar do modo de jogo, pelos gráficos e pelo carisma de personagens clássicos, mas eu simplesmente não conseguia avançar. O sistema de lutas exige que você domine combos, e eu nao consegui ir adiante. Devolvi no dia seguinte, bem cedo, e não pretendo locá-lo novamente. Em seguida, motivado pela estréia do segundo filme dos mutantes da Marvel, resolvi locar o recém-chegado 'X2: Wolverine's Revenge'. Sou um grande fã dos X-Men e de Wolverine, tendo inclusive colecionado quadrinhos por um bom tempo, então encontrava-me apto a usufruir deste título com um olhar ainda mais crítico. Ambos foram explorados em vários jogos de gerações passadas, que variavam do tosco ('Wolverine' do NES) ao mediano. Eis que, para a minha surpresa, X2WR pode muito bem levar o título de conversão gamística mais fiel ao personagem ! Desta vez, o mutante não é apenas um ser agressivo com garras retráteis. Estão presentes - e muito bem explorados dentro da jogabilidade - o fator de cura, os sentidos aguçados, a fúria animal e o instinto assassino sutil, além das famosas garras de adamantium, é claro. Enfim, finalmente deram ao jogador os principais atributos do personagem, tornando o game uma experiência bem mais imersiva.
Wolverine pode enfrentar seus oponentes com as garras expostas ou retraídas, sendo que a segunda opção oferece ataques mais violentos, enquanto a segunda opção oferece uma luta mano-a-mano mais técnica. Com as garras retraídas, o fator de cura entra em ação e lentamente recompõe a barra de energia. Segurando o botão L, entramos em um modo de sentidos aguçados, onde os sons do ambiente resumem-se a leves sussurros, idenficamos pegadas no solo anteriormente invisíveis, percebemos o cheiro dos inimigos no ar e podemos nos aproximar deles sorrateiramente, como um assassino silencioso. Este é outro atrativo do jogo, o fato de podermos abordar os inimigos em modo stealth, e sendo presenteados com belas animações de ataques, bastante originais. De outro modo, pode-se simplesmente partir para a destruição total encarando os inimigos de frente, e a famosa berserker rage de Wolverine marca presença através de uma barra própria. A escolha é sua: usar a fúria ou o silêncio contra os seus inimigos. A história é bastante interessante e fiel aos quadrinhos. Há passagens pelo Canadá, pelas instalações do Departamento H, pela prisão mutante. Os vilões mais marcantes na história de Wolverine estão presentes: Sabretooth, Lady Deathstrike, Omega Red, Wendigo e Magneto. Alguns outros personagens menos marcantes fazem presença, como Juggernaut, Beast, Colossus, Charles Xavier, Rogue e Dr Cornelius. Algo que gostei bastante foram os uniformes extras disponibilizados durante o jogo: as 'vestimentas' de Weapon X e de Patch (Caolho), os uniformes classicos amarelo-azul e laranja-marrom, os uniformes de New X-Men e do filme X2, e o uniforme-protótipo de Alex Ross. Cada um deles com a HQ onde foi primeiro apresentado ao público. Aproveitando a deixa, foi na HQ de Hulk que libera o uniforme amarelo-azul que Wolverine surgiu no universo Marvel. Algumas das batalhas do jogo são antológicas - espere para confrontar Magneto em um hangar abandonado, onde tudo se move como se estivesse vivo e o proprio corpo do personagem é submetido ao magnetismo - e você entenderá o que eu quero dizer. É de deixar o mais rigoroso dos fãs empolgado. Porém, nem tudo são flores. X2WR é portador de um dos piores e mais angustiantes sistemas de câmera que ja tive oportunidade de ver. Eu reconheco que o sistema de câmera é problemático em 9 de cada 10 jogos 3D em terceira pessoa, mas este jogo se superou. Ademais, o jogo apresenta alguns bugs, sinal de pouco esmero na produção. Em um deles, fiquei preso dentro de um polígono que representava uma estalactite na caverna de Wendigo, e tive de resetar porque era impossível sair. Em outro, na fase que antecede a batalha com Magneto, um inimigo caiu com parte do corpo dentro da parede e o jogo travou de verdade, com imagem congelada e som em forma de ruído contínuo - tive de resetar também. Sem citar que os gráficos deste jogo poderiam ser bem mais primorosos do que são, fato constante nos jogos multiplataforma da Activision. A impressão que fica é que o GameCube e o XBox pagam o preço da menor qualidade gráfica do PS2. Outras produtoras, como a EA e a UbiSoft preocupam-se em fazer ports adequados a cada plataforma, exporando as particularidades de cada uma. De qualquer forma, os gráficos poderiam ser melhores, mas não chegam a comprometer tanto o jogo. Recomendo 'X2: Wolverine's Revenge' como um bom título para locação, mas não para compra. 'Crash Bandicoot: The Wrath of Cortex' terá uma análise bastante breve. É um jogo ruim. Crash é um personagem que ganhou fama no PlayStation 1, com animados jogos 3D em estilo plataforma. É um personagem carismático e seus jogos possuem temática mais infantil. Este último título foi lançado nos primeiros meses do cubo, portanto é considerado um jogo antigo - anterior mesmo a 'Super Mario Sunshine'. Sempre que eu ia à locadora, o via disponível, como que abandonado e esquecido nas prateleiras. Ciente de tudo isso, decidi dar-lhe um voto de confiança e experimentá-lo. Mas não dei muita confiança não, e loquei por apenas um dia. ;)
Trata-se de um tradicional jogo de plataforma em 3D, mas sem grandes atributos. Os graficos são fraquíssimos, as texturas são pobres, a animação e iluminação são de baixa qualidade, e a jogabilidade não é das melhores. As CGs que antecedem o jogo, de tão toscas, parecem ter sido feitas em equipamentos de animação 3D de 10 anos atrás: as sombras não sincronizam, a água é absolutamente imóvel (mesmo cortada por um jet ski), as vozes não correspondem aos movimentos labiais. Eu concordo que é um jogo feito visando um publico de idade menor, mas um jogo de temática 'infantil' não é desculpa para um trabalho absurdamente mal feito. 'Luigi's Mansion' é bem mais infantil e tem gráficos excelentes, com efeitos de luz lindos. Ao final das contas, este jogo teve um fim patético: joguei por umas 2 horas, não tive mais vontade de jogar, e no outro dia bem cedo o devolvi. Foram quatro reais perdidos. Não que o jogo seja muito muito muito ruim, mas quando se tem tantos jogos bons de PC/GBA guardados e pouco tempo disponível, fica difícil querer dedicar-se a um game assim. Se você estiver ilhado em casa num fim de semana morgado, e com muito tempo sobrando, tente dar uma olhada.. E só. Vamos aos links interessantes de hoje:
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