ecesar's world | |||||||||||||||
O Autor Veja também
Quick Links Posts Anteriores Serviços
Estatísticas
|
Pois é, resolvi tirar a volumosa poeira de cinco meses de meu GameCube. Que agradável surpresa ver que ele ainda funciona. :) No sábado retrasado fiz uma visita à tradicional Rodolpho's e vi que todos os lançamentos ('007 Everything or Nothing', 'Sonic Heroes', 'Final Fantasy: Crystal Chronicles', 'Metal Gear Solid: Twin Snakes') estavam locados. Então dirigi-me à prateleira de restos, e eis que lá encontro a caixinha solitária de 'Viewtiful Joe'. Acabei levando-o para casa, para alegrar meus dois dias seguintes. ![]() Mas antes, vamos comentar a história. Joe é um cara normal, que está no cinema acompanhado da namorada Silvia para assistir um destes filmes xaropes de super-herói japonês. Então, eis que um robô gigante cai da tela (uau) sobre as cadeiras do cinema, e o vilão do filme aproveita a deixa para raptar a namorada do protagonista. Eis que Joe entra no filme e se torna o poderoso super-herói que dá nome ao jogo. Seus poderes especiais são acelerar (match speed) ou desacelerar (slowdown) o filme e receber um close (zoom in) da câmera. Parece bobagem, mas estes poderes têm resultados cruciais ao longo do jogo, interferindo em cenários e objetos, e servindo muitas vezes para a resolução de puzzles. Apesar do jogo funcionar em 2D, tudo é construído em 3D. Os personagens e cenários foram trabalhados em recurso cell shading, o que traz o ar de simplicidade dos antigos jogos de scroll lateral à primeira vista. Mas os muitos planos de movimentação do cenário, os efeitos visuais de alguns golpes e as angulosas cutscenes só são possíveis graças ao 3D - e eles fazem uma tremenda diferença. As músicas são empolgantes e os diálogos são muito fidedignos ao clima de filme B de super-herói esteriotipado. Porém, o grande ponto de 'Viewtiful Joe' é a dificuldade alta deste jogo. Loquei por um fim de semana, e suei para chegar à metade do jogo. Mas é uma daqueles títulos que fazem valer a pena tentar e retentar um estágio, ansioso pelo que vem à seguir. Recomendadíssimo. ![]() ![]() Depois que devolvi 'Viewtiful Joe', resolvi valorizar a prata da casa. Tirei meus velhos jogos piratas de PS2 da caixa e resolvi dar a eles a exploração que merecem. O primeiro escolhido foi 'Castlevania: Lament Of Innocence', que comprei na época do lançamento. Como grande fã da série, tratei logo de jogar assim que eu comprei, ainda em São Paulo, mas parei perto do final do jogo porque meu disco estava com problemas e travava nas CGs. Troquei rapidamente o DVD, mas só agora resolvi reiniciar o jogo. ![]() O jogo de PS2 dá um passo importante na série, ao contar o início da saga dos Belmont. A história se passa antes de todos os jogos lançados, e desbanca Sonia Belmont ('Castlevania Adventure', do GameBoy) como a protagonista mais antiga da família. 'Castlevania: Lament Of Innocence' nos apresenta ao nobre Leon Belmont, ao surgimento do legendário chicote Vampire Killer, à origem de Dracula (apesar de controversa) e seu castelo de noite eterna, e ao juramento que deu início ao legado da longa dinastia de caçadores de vampiros. A jogabilidade é praticamente uma cópia da apresentada em 'Devil May Cry' (Capcom, PS2). Câmera de movimentação automática, ângulo de visão levemente superior na maioria das cenas, controle do personagem em 8 direções imediatas, sistema de combate que facilita acertar os inimigos em quaisquer posições que estejam, predominância de combates com vários inimigos simultaneamente na tela e muita valorização a combos - tudo isso estava em DMC. A câmera fixa faz deste Castlevania um jogo muito mais de ação que de exploração, e muito mais ágil. Os elementos RPG perderam importância - não há mais evolução por pontos de experiência, nem diferentes configurações de armaduras para escolher, por exemplo. Todavia, os mais atentos ao cenário serão premiados: alguns caminhos escondidos levam a itens recompensadores. ![]() ![]() Os cenários, sem sombra de dúvidas, são os mais bem trabalhados em toda a série Castlevania. São salas belíssimas, ricamente renderizadas, de decorações e grau de detalhes soberbos. Um colírio visual. Mas para isso o jogo pagou um caro tributo: a repetição excessiva. De fato, sem consultar o mapa, é impossível se localizar em um castelo com salas praticamente idênticas ao longo de todo o caminho. Para nossa sorte, o mapa (botão SELECT) é eficiente nesta função. Os inimigos são os mesmos vistos ao longo da série, mas agora em belas animações tridimensionais. Os morcegos, as armaduras que jogam machados, os esqueletos, os mortos-vivos que surgem do chão, estão todos lá. Alguns novos foram introduzidos, até porque nem todos os inimigos clássicos se adaptariam bem ao 3D - as cabeças de medusa que oscilam seria um bom exemplo. As músicas mereceriam até um capítulo à parte - como já é tradição na franquia, são muito bem trabalhadas. Ao completar o game, é possível destravar uma musicbox para ouvir todas as músicas do jogo com os comentários do diretor sobre cada uma delas. Dou destaque ao techno de "Anti-Soul Mysteries Lab", ao ambient de "Garden Forgotten By Time" e ao sempre emocionante tema de "Vampire Killer" remixado, mostrado nos créditos finais. O grande defeito de LOI é ser um game curto. Apenas dois dias são mais que suficientes para concluí-lo. E, uma vez feito isso, não há estímulo para jogar de novo. Há dois personagens destraváveis (Joachim Armster e Pumpkin) e um nível de dificuldade Crazy, mas a repetição maçante de cenários e combates com os mesmos inimigos tornam esse jogo pouco atraente depois da primeira jogada. Ademais, é preciso deixar claro que a jogabilidade em 3D focada em combates a la DMC é divertida - mas não supera a diversão da jogabilidade 2D tradicional. Ainda assim, 'Castlevania: Lament Of Innocence' pode ser considerado um bom começo, um passo importante para solidificar a franquia nas plataformas atuais. Que venham outros. :) Até o próximo post ! ![]()
|