ecesar's world

 

O Autor


Veja também

meu weblog
sites anteriores
meus bookmarks
coleção games ps2
coleção games pc
coleção divx
artigos velox


Quick Links


Posts Anteriores


Serviços

ICQ Status   3227178


Estatísticas

 

 

quarta-feira, setembro 22, 2004  escrito por ecesar | 23:51 |

Hoje em dia, os arcades não são nem sombra do que eram nos anos 80 e 90. Era neles que se encontrava a nata do mundo gamístico, era ali o berço das grandes inovações tecnológicas, dos efeitos gráficos embasbacantes, dos jogos que movimentavam as nossas vidas. Mesmo quem tinha um console em casa, obrigatoriamente tinha de visitar um arcade para conhecer e jogar os games "top de linha". Eram deles que se conversava nos corredores do colégio, e era lá que os colegas se encontravam para partidas cooperativas (numa época pré-SF2, onde os jogos de dois ou mais jogadores eram cooperativos e não competitivos).

Naquela mesma época, o sucesso de um console doméstico estava muito atrelado ao lançamento de uma versão doméstica de um jogo de arcade famoso. O Atari 2600 teve versões de Pac Man, Space Invaders, Donkey Kong. O NES teve versões de Ikari Warriors, Bad Dudes, Robocop, TMNT. O Mega Drive já foi lançado com uma versão de Altered Beast. O SNES teve o seu boost de vendas quando recebeu Street Fighter 2. E assim, os consoles viviam à sombra dos arcades.

    


Mas sempre existiam aqueles tímidos. Aqueles que adoravam ver Pit Fighter na gloria de seus gráficos digitalizados, mas não tinham a coragem de pagar e colocar uma ficha em meio à toda aquela platéia que envolvia a máquina, igualmente atraídos pelo visual. Entrar em uma partida já em andamento, nem pensar: posso passar vexame frente aos jogadores mais experientes. Afinal, os arcades eram lotados de jovens saídos dos colégios, todos em volta das grandes máquinas.

O que faziam ? Esperavam a versão doméstica sair, jogavam até ficarem craques, e ter menos medo de passar vexame no arcade. Meses depois, um Pit Fighter iria sair no Mega Drive. Um Golden Axe também. Um Toki também. E assim viviam os jogadores tímidos, escondidos em suas casas, jogando longe dos olhos alheios. Para isso, os consoles foram uma salvação. Eu mesmo joguei minhas primeiras partidas de Mortal Kombat, Street Fighter 2, Final Fight e TMNT em casa, nos consoles domésticos. Apesar de conhecê-los há muito dos arcades.

Resolvi escrever esta historinha enquanto passeava no GameStation de um shopping, a admirar as máquinas, sabendo que a quase totalidade delas já se encontrava em minha casa. Seja em forma de ROMs (MVS, CPS1, CPS2), seja em forma de DVDs (versões para PS1 e PS2). E hoje em dia, mesmo passeando pelas máquinas desocupadas, pelos corredores vazios, livres de curiosos ou de gamers (que devem estar em casa, jogando coisas bem melhores), não sinto nenhuma vontade de depositar uma ficha. Talvez já tenha passado a minha oportunidade. :)

    


E durante esta semana, assisti a 'Resident Evil Apocalypse'. Demorei muito a fazê-lo, já estava com o filme há vários dias. Talvez porque eu tinha a esperança que de não valeria a pena assistir em casa, e fosse melhor esperar pela estreia na big screen, com todos aqueles aparatos do cinema. Mas deixei tudo isso para lá e assisti aqui mesmo. Vamos às minhas impressões.

Primeiro, vou logo dizendo que não darei nenhum spoiler. Tudo o que eu comentar aqui, as aparições inclusive, são perfeitamente vistos nos trailers exibidos nos cinemas e no site do filme. Não quero estragar a experiência de ninguem.

O filme começa com uma recapitulação do filme anterior. É bom isto, porque a impressão que fica é que os dois filmes são um continuum, com cenas do final de RE1 sendo explicadas com mais detalhes em RE2. Outra coisa que notei é que tudo é muito frenético, muito intenso no início do filme: somos bombardeados com toneladas de informação, cenas rápidas, diálogos cortados, como se toda a premissa do filme fosse feita em Fast Foward. Em seguida, entram cenas de ação e tiroteio, somos apresentados a Jill Valentine e a Carlos Oliveira (velhos conhecidos dos videogames), aos zumbis e hunters (idem) e à Alice (personagem nova, introduzida no primeiro filme) que faz a sua entrada triunfal sobre uma moto - conforme mostrado no trailer.

Mas eles andam em grupamentos distintos, que incluem civis assustados, o que muito me lembrou as cenas de 'RE Outbreak' (PS2). Algumas vezes, membros desses grupamentos se transformavam em zumbis, então cada grupamento era uma bomba relógio.

Aí começa a parte de suspense. Se o filme começou frenético e fast paced, agora tudo fica lento, silencioso, e muito sinistro. É a hora dos sustos, e eu mesmo levei vários ! Porém, quando os monstros aparecem, a calmaria do gênero Suspense dá lugar à pancadaria do gênero Ação. E haja socos e pontapés ! O que eu achei ruim é que os cortes rápidos de câmera deixam muito pouco para ser visto, e as cenas de luta ficaram ágeis demais para serem apreciadas - se você piscar perde uns três golpes. O pior é saber que Alice e Jill fizeram tremendas manobras legais, e mas não saber como. Por isso, recorri ao rewind várias vezes.



Lembram daquele holograma do primeiro filme, na forma de uma frágil menina mas que matou todo um esquadrão ? Está de volta, mas de uma forma - digamos - diferente. Quem prestou atençao ao filme anterior vai reconhecer logo.

RE2 presenteia os jogadores de PSOne com cenas que parecem ter sido recortadas do videogame, no caso de 'RE 3: Nemesis'. A Jill Valentine está idêntica, com as roupas perfeitas e de um modo bem natural. Carlos Oliveira também está muito convincente. Claro que cada um deles ganhou um pouco da personalidade que o diretor queria, mas isso é inevitável. As cenas de zumbis andando a esmo nas ruas destruidas e em chamas de Racoon City são retratos fiés das primeiras telas do jogo de Playstation. E, como não poderia ser diferente, Nemesis está idêntico e muito bem representado. Inclusive, a antológica cena do final do jogo, quando o jogador luta contra Nemesis no heliporto, tem uma representação no filme. Em um heliporto ? Claro.

Existem muitas modificações na história do jogo nesta transposição para as telonas, e uma personagem com superpoderes foi introduzida para converter uma história de suspense em um roteiro de ação. Os puristas podem não gostar disso, mas quem não gostou dos jogos (como eu) podem gostar muito do filme (como eu). No final, é um filme feito para agradar fãs e não-fãs da série gamística. Eu acho que, neste ponto, o diretor acertou. 'Resident Evil: Apocalypse' é entretenimento de primeira.



Detalhe que o filme acaba da mesma maneira que o primeiro filme terminou: com margem para uma bela continuação. E, ao que parece, já está garantida. Os produtores já falam sobre o roteiro de RE3, e o diretor menciona uma trilogia em entrevistas recentes. O que se sabe é que a primeira semana de exibição do filme nos EUA já pagou os custos de sua produção, o que é um bom indicativo de que vale a pena investir em um RE3. Agora é so questão de tempo. E que venha 'Resident Evil: Afterlife' !

E agora uns links legais para vocês visitarem:

Vou terminar este post com a imagem mais importante da semana: o tão aguardado PSTwo. Confirmando os boatos que circulavam pela internet há uma semana, o console foi anunciado e exibido oficialmente ontem. Ocupando 75% menos espaço que o original, exibindo a metade do peso, com conector de rede (ethernet) integrado e top loading das mídias (sem gavetas), o novo modelo custará US$ 149,00. Diferente do que ocorreu com o PSOne, o novo PSTwo é bem similar ao modelo anterior do console, e mantém o design original. O que - na minha opinião - é um ponto contra, pois esperava um visual mais bem trabalhado que aquelas linhas retas e assimétricas. Pelo menos um console mais arredondado, como ocorreu na transição do PS1 para o PSOne. Do modo que está, o PSTwo mais parece um PS2 esmagado. De qualquer maneira, a fonte de energia externa e a substituição da gaveta pelo top flip (ambos à semelhança do GameCube), o conector ethernet integrado (à semelhança do XBox), e o tamanho bastante reduzido (é menor que um caderno) são boas notícias que já valem algum ânimo. Fabricantes de modchips terão de desenvolver novos apetrechos (e encontrar algum lugar ali dentro que os caibam), e os entusiastas pelo HD terão pesadelos até o próximo pronuciamento da Sony sobre o suporte a este acessório. Ao que parece, os discos rígidos em consoles estão com os dias contados (XBox 2 não terá, PS3 não terá, e o PSTwo deixou de lado). Discussões à parte, aqui está a imagem do pequeno líder.

Até o proximo post !