|
ecesar's world | |||||||||||||||
|
O Autor
Veja também
Quick Links Posts Anteriores Serviços Estatísticas
|
As casas de jogos do subúrbio TVs e joysticks são preferência de jogadores que acharam refúgio na periferia Localizadas em terraços, pequenas salas e galerias, as locadoras de videogame já garantiram a diversão de várias gerações de gamemaníacos, que passaram horas sentados na frente da TV com o joystick em punho. Hoje, elas perderam terreno para as sofisticadas lan houses, climatizadas, com fones de ouvido individuais e um terminal de computador para cada usuário. No entanto, o modelo antigo de oferecer diversão, às vezes de um jeito até meio improvisado, sobrevive e continua conquistando adeptos que superam o aperto e o barulho, marcas registradas das locadoras caseiras, para passar algumas horas imersos no universo dos jogos eletrônicos. Com a chegada das lan houses, apontadas como uma evolução natural dos jogos eletrônicos pagos por tempo de uso, as tradicionais locadoras de videogame perderam alguns clientes. Muitas não aguentaram a concorrência e fecharam as portas. As que sobreviveram acabaram refugiadas na periferia, longe dos bairros nobres. Elas foram salvas por dois fatores: os games de futebol e a popularidade do Playstation, console da Sony. ![]() O gamer Leandro (D) descarta monitores e teclados pela tela de TV e joysticks Para Jalmir Brito, que trabalha com games há mais de nove anos, os jogos de futebol são fundamentais para a sobrevivência das locadoras. "Sem eles eu iria à falência. Mais de 90% das pessoas que chegam aqui procuram por eles, principalmente pelos da série Winning Eleven", comenta. Brito iniciou com um pequeno espaço e quatro videogames. Hoje, ele trabalha com o PS2 - como o sistema da Sony também é conhecido - e com alguns Playstation One. "Trabalhar com videogame é um saco. Nem todo mundo tem paciência para lidar com isso. A rotina é cansativa, mas vale a pena", avalia o empresário. Um dos principais problemas apontados por Brito é a violência. "Já sofri vários furtos como joysticks, jogos e até um Playstation One. O preconceito também é sentido na hora de conseguir financiamentos e empréstimos. "Se eu disser que trabalho com videogame, dificilmente serei atendido pelas financiadoras", lamenta. ![]() Isaac Games, que improvisou espaço no terraço de casa, comemora clientela fiel Segundo Brito, a faixa etária dos frequentadores é formada, em sua maioria, por jovens. "Jogam pessoas de todas as idades, até pais com os filhos, mas a maioria mesmo é o pessoal com seus vinte e poucos anos". Para ele, "essa geração cresceu jogando videogame e continua com o hábito até hoje". Os gamemaníacos que cresceram com esse costume acompanharam de perto a evolução dos jogos. Dos primeiros consoles, com apenas 8 bits de memória, para os mais avançados, que ultrapassam os 128 bits, foi pouco mais de 15 anos. "Tem gente que joga desde a época do Super Nintendo (16 bits) e ainda não parou". Já Isaac Pascoal, que trabalha com videogames desde 1999, começou com um Dreamcast e um Playstation One, por sugestão de um amigo e parceiro de joystick. De lá para cá ele trocou de consoles, chegando a possuir um X-Box. Hoje, ele conta com um par de Playstation 2 e outro de Playstation One. "Tentei com o X-Box, mas não deu muito retorno. O pessoal prefere mesmo o Playstation" comenta. Ele cobra R$ 2,00 por hora no PS2 e R$ 1,00 no PS1. A locadora funciona de modo improvisado no terraço da casa de Pascoal, no bairro de Santo Amaro. A Isaac Games, como ficou conhecida, só abre durante a semana no turno da noite, depois que Pascoal volta do trabalho, entre as 19h e as 22h. Nos fins de semana, ele também abre o terraço a partir das 10h. "Durante a semana é mais tranqüilo. Nos fins de semana é bem mais cheio", comemora. Pascoal conta com três funcionários para ajudar com o serviço. Leia também:
Até o proximo post !
| ||||||||||||||