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domingo, maio 22, 2005  escrito por ecesar | 18:59 |

Fim de E3 2005, e o que temos ? Novas máquinas, novas promessas, velhos paradigmas.

A Microsoft tomou a dianteira nesta geração, e apresenta o XBox 360 com previsão de lançamento ainda este ano. Com isto, a empresa deixa a confortável posição de o último e mais poderoso console para ser o primeiro e mais vulnerável deles. O XB360 - denominação que visa esconder uma possível inferioridade de um XB "2" perante um PS "3" concorrente - será lançado em Novembro deste ano, tem um design bastante atraente e é claramente voltado a melhorar o que já existe. Neste ponto, a Microsoft aparentemente conseguiu. A retrocompatibilidade com o XB, provavelmente uma decisão tomada e anunciada de última hora na feira, mostra o quanto a concorrência pode beneficiar a todos nós. Ocupando lugar de absoluto destaque com um marqueting bombardeante de 02 semanas de antecedência, com direito a programa na MTV e tudo, de repente a estrela da MS foi subitamente ofuscada. E todas as atenções voltaram-se para outro fabricante.

A Sony apresentou ao mundo o seu PlayStation 3. Com uma apresentação baseada em números e gráficos estatísticos, a empresa mostrou de modo simples e objetivo o quanto o seu console é superior a qualquer outro que venha a ser lançado nesta geração. Conquistou a todos ao mostrar que será compatível com todos os jogos do PS1 e PS2, que aceitará gamepads e cartões de memória destes, além de reproduzir CDs, DVDs e a nova mídia Blu-Ray. Com isto, o console já nasce com uma biblioteca de títulos imensa. O console herda a tradição de designs horrendos da empresa, e apresenta formas elípticas aplicadas ao velho visual assimétrico do PS2, além de um gamepad esquisito em forma de bumerangue. Mas como o console só será lançado no próximo ano, o design (do gamepad, eu espero) ainda pode mudar. Com um trailler de Killzone para lá de polêmico e uma nota da Microsoft prá lá de duvidosa, não há duvidas que o assunto desta E3 foi o PS3.

A Nintendo, como sempre, andou na sua. Apresentou o tal Revolution, mas apenas uma carcaça para fins ilustrativos - provavelmente pela pressão das duas concorrentes. Uma das promessas é a de que o console terá retrocompatibilidade (isso está virando moda) com o GC e que rodará jogos de todos os sistemas caseiros já lançados pela Nintendo através de emulação e download dos games via internet. O destaque da feira ficou pela apresentação do novo Zelda para GC, e de uma versão menor do GBA chamada de GameBoy Micro. A Big N aposta na teoria, de certo modo fundamentada, de que os jogos da proxima geração não deveriam ser focados em graficos e sons superiores, mas em novas maneiras de divertir as pessoas. Como a maioria das pessoas ainda não pensa assim, a empresa teve de mostrar um Link em altíssima definição para salvar seu estande do absoluto esquecimento nesta feira.

Os traillers mostrados, particularmente o de Killzone, abriram alguns questionamentos sobre a proxima geração de jogos. Será que o nível gráfico e sonoro atingido e exigido pelos futuros donos de consoles domésticos não estará sendo alto demais para a indústria ? Quanto dinheiro e quantos anos de desenvolvimento serão necessários para que um jogo como Killzone chegue às lojas ? E após tantos anos de espera, qual será o seu preço nas prateleiras ? Provavelmente apenas os fortes sobreviverão, e as pequenas softwarehouses serão engolidas por gigantes como a EA. Jogos caros demais, jogos iguais demais, jogadores entediados demais. Neste panorama sombrio, alguns acreditam que acontecerá o próximo crash dos videogames - e que a Nintendo sobreviverá.

O palco está montado para os próximos consoles. E como isto vai modificar a minha rotina ? Provavelmente de modo algum. Meu PlayStation 2 e meu GameCube ainda irão queimar muita lenha nos próximos dois anos, ou talvez três. Até lá, o preço dos consoles deve ter caído ao patamar dos 200 dólares, a plataforma vencedora já deverá estar definida, e - com sorte - terei algum método eficaz de rodar jogos piratas. Quem viver, verá. :)