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Enquanto o meu PC está quebrado e a umidade e maresia ainda não destruíram meus consoles, vou jogando no tempo livre. Aqui vão alguns mini-reviews do que andei experimentando até agora: Metal Gear Solid 3: Snake Eater (PS2) - Finalmente tomei coragem, suprimi meus preconceitos (selva ? cadê o radar ?) e coloquei o jogo para rodar. Obviamente do HD, pois os infindáveis acessos ao survival viewer devem consumir algumas horas de jogo só em loading. Posso afirmar com certeza de que este é o melhor jogo da franquia, seja na história bem contada (e inteligível), seja nos gráficos milagrosamente lindos para o console, seja na trilha sonora impecável, no design de fases e eventos majestoso e nos toques sutis de humor que são a marca de seu criador. Se você achou que a cena de perseguição no término de MGS1 foi empolgante, precisa experimentar os quarenta minutos finais desta versão. Nunca me senti tão dentro de um filme, de uma história. A origem de Big Boss, da Fox Hound, da Arpanet, a primeira aparição de Campbell e o início do sentimento que construiria Outer Heaven são mostrados, e certamente conquistará os fãs mais antigos. Mas nem tudo são flores. O sistema de câmera fixa usado em toda a série Solid funciona bem com mapa e radar no canto da tela, mas não aqui. Ter que recorrer à visão em primeira pessoa quase todo o tempo para suprir o déficit de noção espacial prejudica substancialmente a jogabilidade. Os acessos rotineiros a um menu de opções para camuflagem e auto-cuidados se torna chato pelo loading que o acompanha. No mais foram cerca de 22 horas de puro prazer em jogar. (Nota: 5/5) Psi-Ops: The Mindgate Conspiracy (PS2) - Mais um jogo de ação em terceira pessoa, e que ocasionalmente vale-se de elementos stealth. Todavia, os gráficos são apenas razoáveis, a história é fraquíssima e o protagonista é inexpressivo e canastrão. O que salva este jogo do ostracismo ? Um elemento absolutamente revolucionário na jogabilidade, chamado poderes psíquicos. Imagine que você está em um ambiente hostil prestes a abrir uma porta, sem saber o que o espera a seguir. Nada tema: ao apertar de um botão, seu personagem se concentra e consegue enxergar através da porta, percorrer todo o cômodo, observar a movimentação dos inimigos e qualquer detalhe do cenário. Sem riscos. Então você abre a porta, escolhe um alvo e ao apertar de outro botão passa a controlar a sua mente: a câmera muda para ele e você tem total controle sobre os atos do novo personagem. Após matar seus próprios companheiros, conduza o soldado a cometer suicídio pulando da janela. Pronto, a sala está limpa. Mais uma porta, e do outro lado um soldado está de costas, distraído. Aproxime-se devagar por trás, e a um simples comando de sua mão toda a energia psíquica lhe será sugada, enquanto o coitado convulsiona no ar até que sua cabeça exploda em mil pedaços. Cool. Há um inimigo correndo em sua direção ? Use sua telecinese para levita-lo e joga-lo longe. Mais um inimigo chegando do outro lado ? Use a pirocinese para atear-lhe fogo e mata-lo instantaneamente. Tudo isso sem disparar uma bala sequer de sua pistola, metralhadora, espingarda, rifle de assalto ou sniper rifle. O que realmente conquista neste jogo são as várias possibilidades de resolver cada uma das fases, ao mesclar seus poderes paranormais com o mire/atire/esconda-se convencional. Achei viciante. (Nota: 4/5). Gradius V (PS2) - Um título old school com uma roupagem atual. Nos anos 80 e 90 os jogos de nave com scrolling lateral eram bastante apropriados aos hardwares da época, e acabaram marcando por sua jogabilidade simples, baseada em memorização e reflexos. Estes jogos 2D curtos e descerebrados perderam lugar na complexidade crescente dos jogos 3D, e na ânsia de preencher as mídias em CD com todo o tipo de conteúdo possível. Em tempos de games de ação que exigem 20, 30 ou 40 horas do jogador para se chegar ao final, me parece bastante apropriado o resgate do prazer de jogar algo simples e imediatista, divertido, em um intervalo de almoço ou antes de deitar após um dia duro de trabalho. Daí os sucessos de 'Ikaruga' (DC e GC), 'R-Type Final' (PS2) e 'Gradius V' (PS2). Quem jogou o primeiro Gradius no NES ou acompanhou a série até os 16 bits vai encontrar exatamente os mesmos elementos neste jogo - o que se reflete em um modo de jogar simples, de apenas um direcional e três botões. Os velhos sprites foram abandonados em favor de elementos totalmente poligonais, inclusive no background, e além de efeitos de luz e explosões de encher os olhos. As músicas trazem remixagens de jogos anteriores, dando um tom de tradição a um passado glorioso. Desafio altíssimo, chefes que ocupam a metade da tela, possibilidade de dois jogadores simultâneos e ação incessante que pode ser concluída em menos de duas horas fazem parte do pacote. Jogadores mais novos podem não gostar. (Nota: 4/5) Eu ainda teria de escrever sobre 'Tekken 5' e 'Marvel vs Capcom 2', mas infelizmente terei de fazer isso em outra oportunidade porque meu tempo acabou. :) Quando o meu PC retornar, tem mais ! Até o próximo post.
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