ecesar's world

 

O Autor


Veja também

meu weblog
sites anteriores
meus bookmarks
coleção games ps2
coleção games pc
coleção divx
artigos velox


Quick Links


Posts Anteriores


Serviços

ICQ Status   3227178


Estatísticas

 

 

domingo, junho 05, 2005  escrito por ecesar | 14:48 |

Ontem o programa G4 Brasil dedicou cada um dos seus três blocos à apresentação de um dos consoles da nova geração na E3 recente, o que ficou muito bacana. E mostrou três ou quatro jogos dos consoles atuais exibidos na feira, com o devido destaque aos novos Castlevanias (no 20º aniversário da franquia) para PS2 e DS e ao novo Zelda para GC. Para minha surpresa, a apresentadora Luiza apareceu na feira e gravou uma breve entrevista com um dos expositores. Estou cada vez mais convencido do escanteamento do outro apresentador do programa, o Luciano, que é designado menos reportagens externas e sendo estas de menor valor, tem menos chamadas na tela e simplesmente não pode concorrer seu rosto perebento aos mesmos closes de sua bela colega apresentadora. E talvez ter vencido o torneio de N-Gage entre os jornalistas especializados tenha dado à Luiza um status ainda maior ao que já conseguia com sua beleza e simpatia - convenhamos, algo raro neste ambiente tradicionalmente pálido, obeso e mal barbeado. O intervalo comercial continua repetitivo até o extremo, demonstrando pouco interesse da iniciativa privada em anunciar a um público deste tipo. E na próxima semana não haverá programa, em favor da transmissão de uma corrida automobilística. Normal.

Enquanto o meu PC está quebrado e a umidade e maresia ainda não destruíram meus consoles, vou jogando no tempo livre. Aqui vão alguns mini-reviews do que andei experimentando até agora:

Metal Gear Solid 3: Snake Eater (PS2) - Finalmente tomei coragem, suprimi meus preconceitos (selva ? cadê o radar ?) e coloquei o jogo para rodar. Obviamente do HD, pois os infindáveis acessos ao survival viewer devem consumir algumas horas de jogo só em loading. Posso afirmar com certeza de que este é o melhor jogo da franquia, seja na história bem contada (e inteligível), seja nos gráficos milagrosamente lindos para o console, seja na trilha sonora impecável, no design de fases e eventos majestoso e nos toques sutis de humor que são a marca de seu criador. Se você achou que a cena de perseguição no término de MGS1 foi empolgante, precisa experimentar os quarenta minutos finais desta versão. Nunca me senti tão dentro de um filme, de uma história. A origem de Big Boss, da Fox Hound, da Arpanet, a primeira aparição de Campbell e o início do sentimento que construiria Outer Heaven são mostrados, e certamente conquistará os fãs mais antigos. Mas nem tudo são flores. O sistema de câmera fixa usado em toda a série Solid funciona bem com mapa e radar no canto da tela, mas não aqui. Ter que recorrer à visão em primeira pessoa quase todo o tempo para suprir o déficit de noção espacial prejudica substancialmente a jogabilidade. Os acessos rotineiros a um menu de opções para camuflagem e auto-cuidados se torna chato pelo loading que o acompanha. No mais foram cerca de 22 horas de puro prazer em jogar. (Nota: 5/5)

Psi-Ops: The Mindgate Conspiracy (PS2) - Mais um jogo de ação em terceira pessoa, e que ocasionalmente vale-se de elementos stealth. Todavia, os gráficos são apenas razoáveis, a história é fraquíssima e o protagonista é inexpressivo e canastrão. O que salva este jogo do ostracismo ? Um elemento absolutamente revolucionário na jogabilidade, chamado poderes psíquicos. Imagine que você está em um ambiente hostil prestes a abrir uma porta, sem saber o que o espera a seguir. Nada tema: ao apertar de um botão, seu personagem se concentra e consegue enxergar através da porta, percorrer todo o cômodo, observar a movimentação dos inimigos e qualquer detalhe do cenário. Sem riscos. Então você abre a porta, escolhe um alvo e ao apertar de outro botão passa a controlar a sua mente: a câmera muda para ele e você tem total controle sobre os atos do novo personagem. Após matar seus próprios companheiros, conduza o soldado a cometer suicídio pulando da janela. Pronto, a sala está limpa. Mais uma porta, e do outro lado um soldado está de costas, distraído. Aproxime-se devagar por trás, e a um simples comando de sua mão toda a energia psíquica lhe será sugada, enquanto o coitado convulsiona no ar até que sua cabeça exploda em mil pedaços. Cool. Há um inimigo correndo em sua direção ? Use sua telecinese para levita-lo e joga-lo longe. Mais um inimigo chegando do outro lado ? Use a pirocinese para atear-lhe fogo e mata-lo instantaneamente. Tudo isso sem disparar uma bala sequer de sua pistola, metralhadora, espingarda, rifle de assalto ou sniper rifle. O que realmente conquista neste jogo são as várias possibilidades de resolver cada uma das fases, ao mesclar seus poderes paranormais com o mire/atire/esconda-se convencional. Achei viciante. (Nota: 4/5).

Gradius V (PS2) - Um título old school com uma roupagem atual. Nos anos 80 e 90 os jogos de nave com scrolling lateral eram bastante apropriados aos hardwares da época, e acabaram marcando por sua jogabilidade simples, baseada em memorização e reflexos. Estes jogos 2D curtos e descerebrados perderam lugar na complexidade crescente dos jogos 3D, e na ânsia de preencher as mídias em CD com todo o tipo de conteúdo possível. Em tempos de games de ação que exigem 20, 30 ou 40 horas do jogador para se chegar ao final, me parece bastante apropriado o resgate do prazer de jogar algo simples e imediatista, divertido, em um intervalo de almoço ou antes de deitar após um dia duro de trabalho. Daí os sucessos de 'Ikaruga' (DC e GC), 'R-Type Final' (PS2) e 'Gradius V' (PS2). Quem jogou o primeiro Gradius no NES ou acompanhou a série até os 16 bits vai encontrar exatamente os mesmos elementos neste jogo - o que se reflete em um modo de jogar simples, de apenas um direcional e três botões. Os velhos sprites foram abandonados em favor de elementos totalmente poligonais, inclusive no background, e além de efeitos de luz e explosões de encher os olhos. As músicas trazem remixagens de jogos anteriores, dando um tom de tradição a um passado glorioso. Desafio altíssimo, chefes que ocupam a metade da tela, possibilidade de dois jogadores simultâneos e ação incessante que pode ser concluída em menos de duas horas fazem parte do pacote. Jogadores mais novos podem não gostar. (Nota: 4/5)

Eu ainda teria de escrever sobre 'Tekken 5' e 'Marvel vs Capcom 2', mas infelizmente terei de fazer isso em outra oportunidade porque meu tempo acabou. :) Quando o meu PC retornar, tem mais ! Até o próximo post.