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quinta-feira, setembro 15, 2005  escrito por ecesar | 22:08 |

Após oito longos meses, finalmente retirei meu GameCube da caixa e o coloquei de volta na TV. Para esta ocasião especial, fui à locadora de Rodolfo escolher um título capaz de fazer as engrenagens do console entrarem em forma, de tanto seu dono jogar. Escolhi 'Splinter Cell - Chaos Theory', e aqui vai o meu review.

'Splinter Cell Chaos Theory' (GC) foi lançado no início do ano para todos os consoles, como é tradição da Ubisoft. Também se tornou tradição que as versões de PC e XBox saem primeiro e são as melhores, que as dos consoles portáteis saem por último, que a de PS2 é a tecnicamente mais limitada, e que a de GameCube não tem modo online mas tem conexão com o GBA. Com tradição não se brinca, e temos tudo de novo. Uma boa notícia é que para este terceiro episódio da série o trabalho nas diferentes versões foi bem mais refinado e o produto final ficou claramente mais bem acabado, em qualquer que seja a plataforma. Isso desfaz um pouco a má impressão causada por 'SC: Pandora Tomorrow', que deixou a marca de um multiplayer inovador com um single player fraco - trama de qualidade inferior, cutscenes e transições de fase mal trabalhadas e cenários que na maioria das vezes não permitiam muita criatividade.

O primeiro aspecto digno de atenção na versão GameCube é como o jogo é pesado, em todos os sentidos. Primeiro, ele vem em 02 mini-DVDs. Segundo, cada save necessita de 61 blocos no memory card - ou seja, quem tem a primeira geração de MC 59 não vai conseguir gravar progresso, só de MC 251 em diante. Terceiro, o loading antes de cada estágio é demoradíssimo, e pela primeira vez é possível experimentar travadinhas de acesso ao disco dentro de uma mesma fase, ao entrar em determinadas salas. Quarto, o jogo simplesmente travou umas três vezes no período em que joguei, do nada. Quinto e último, é de longe o jogo que mais utilizou botões no console: usa os dois analógicos e os 12 botões disponíveis, mais uma combinação de botões simultâneos para conseguir mais 06 botões possíveis. Todavia, todo este volume é compensado com um jogo longo e riquíssimo em detalhes gráficos, talvez os mais belos já vistos no console em conjunto com RE 4.

Falando dos gráficos, chama a atenção o elevado grau de detalhes das texturas em assoalhos e paredes das fases. O efeito de água, que já estava perfeito em SC:PT, foi mantido. A novidade fica por conta de efeitos de transparência em portas e janelas de vidro, em que diferentes densidades dão um efeito de escultura no material e determinam o modo de ver o outro lado. A modelagem dos personagens e o realismo dos equipamentos permanece praticamente o mesmo, a evolução encontra-se mais evidente na renderização dos ambientes.

O jogo permanece com o ritmo lento e realista que lhe deu fama. O protagonista perdeu alguns dos movimentos aprendidos em SC:PT, mas recebeu alguns inéditos e ainda mais impressionantes, como esganar ou torcer o pescoço dos inimigos quando dependurado acima dos mesmos, puxá-los para abismos quando pendurado sob seus pés, e manobras de trocar de mãos e de lado quando mirando com uma arma. Sam Fisher também ganhou uma faca, que serve para cortar paredes de lona, elimiminar inimigos próximos silienciosamente, e ameaçá-los quando interrogando.

A mecânica de jogo quase não mudou, e quem jogou os dois games anteriores vai se sentir em casa. Todavia, os controles estão bem mais complexos, e pode surgir dificuldade em memorizar os 18 comandos possíveis durante a ação. Por exemplo, o botão Start mostra o menu do jogo, mas o botão Z+Start acessa o computador portátil de Sam. O botão Z é utilizado ainda em conjunto com outros comandos do direcional digital e do analógico C para complementar o "reduzido" número de botões do controle do cubo em comparação ao DualShock 2 (PS2), Controller S (XBox) e teclado (PC).

O terceiro epiódio de Splinter Cell recebeu a maior e melhor produção até agora. Não tem o mesmo impacto e repercussão que o primeiro, mas representa uma evolução importante na série em termos gráficos e em riqueza de detalhes técnicos. Para quem gosta da série, é obrigatório.