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ecesar's world | |||||||||||||||
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Para mim, o mais marcante foi poder assistir pela primeira vez as conferências de abertura da Sony, Nintendo e Microsoft. E o melhor: em tempo real. O fato destas serem as conferências de lançamento de duas novas plataformas nos próximos meses aumenta ainda mais a importância do evento. A primeira conferência rendeu um longo texto (motivado por meu entusiasmo) no post anterior, e as duas seguintes receberão breves comentários. A Nintendo claramente teve a conferência de maior pompa e brilho. Fugindo dos dados técnicos, números e gráficos, focou a sua palestra na emoção. Abriu com Shigeru Miyamoto conduzindo uma orquestra através do Freehand, e uma rápida sucessão de jogos usando o mesmo controle. Trouxe um Reggie Fills-Aime exageradamente sério, vendendo a idéia de que o mais importante do videogame não é o video, mas o game. Mostrou um Satoru Iwata satisfeito com seu DS, confiante com o seu Wii, e defendendo seu ideal romântico: a Nintendo salvará o mundo dos games de sua inexorável auto-destruição. Por fim, demonstrou-se no palco o significado de Wii em uma partida de tênis entre os três citados e uma pessoa comum, sorteada para jogar ao lado de Miyamoto. Foi a apresentação menos corporativa, mais objetiva e a mais cativante ao público presente. A Microsoft teve a apresentação mais discreta das três. Com a vantagem de estar na next-gen há um semestre, e com pelo menos mais cinco meses de monopólio pela frente, orgulhou-se de ser a única a poder falar com propriedade do tema principal desta feira: a próxima geração. Peter Moore abriu a palestra comentando este pressuposto bom momento da empresa, e fazendo os anúncios dos futuros jogos da plataforma do modo sensacionalista que lhe é peculiar. Em seguida, Bill Gates em pessoa aparece no palco, para uma extensa palestra sobre algo bem maior que o XB360: a rede Live, o Windows Vista, os celulares, a internet e a estratégia da MS para dominar games e conectividade entre todos eles. Além do anúncio do lançamento do 360 em nosso território e da macumba brasileira no trailer de 'Shadowrun', destaque para a demonstração ao vivo de 'Gears Of Wars'. A grande impressão que ficou destas conferências é que o público estava mais exigente. Ou menos empolgado. Ou simplesmente decepcionado. Não mais se viu a vibração do ano anterior, a cada trailler mostrado e a cada anúncio realizado. Claro, sempre há os aplausos, um wohoo de vez em quando, mas de um modo geral a platéia estava mais fria, mais cética. Isto ficou evidente ao final da conferência da Microsoft: o teaser de 'Halo 3', provavelmente planejado para ser o momento soberbo da apresentação, foi recebido como um vídeo normal. Do outro lado da tela, eu particularmente não me empolguei com nada do que vi. Os jogos de Wii eram praticamente indistinguíveis de jogos de GameCube. Sei que o modo de jogar vai fazer a diferença, mas... para quem apenas assiste não fez. Os games de PlayStation 3 foram uma decepção total: vimos mecânicas de jogo velhas e ultrapassadas em uma embalagem de XB360. E por falar nele, a MS trouxe jogo para norte-americano ver: tiros, bolas, mais tiros e mais bolas. E a promessa de que, um dia, os jogos next-gen parecerão next-gen. Quanto à feira em si, as tradições foram mantidas e o número de inscritos parece crescer cada vez mais. No primeiro ano em que as booth babes deveriam estar bem vestidas e comportadas, não notei nenhuma perda em qualidade visual - prova de que o conceito norte-americano de imoralidade é ridículo. Os corredores escuros, as milhares de luzes piscantes, as telas gigantescas, o barulho incessante e as longas (bem longas) filas permaneceram características evento. Muitos jogos para se ver, poucos para se jogar por culpa das filas - esta é a opinião unânime dos jornalistas presentes. E o estande mais disputado, sem dúvidas, foi o da Nintendo. Afinal, para descrever o Wii é preciso pôr a mão na massa. Para quem ainda está vinculado às plataformas atuais, e assim pretende permanecer por algum tempo, esta E3 não foi das mais produtivas. A Nintendo mantém um discreto fio de vida ao GameCube, e praticamente abandonou o GBA de vez. Aguardo 'Super Paper Mario' e 'Zelda: Twilight Princess'. A Sony não mostrou muito ao PS2, mas temos a certeza de que as third parties vão dar conta do recado. Aguardo 'God Of War 2' e 'Okami'. A Microsoft fez questão de enterrar vivo e prematuramente o seu XBox, e nem sequer fala mais dele. Mas espera-se que jogos multiplataforma em fase final de desenvolvimento, como 'Splinter Cell: Double Agent', mantenham o console ligado este ano. Fora da next-gen, quem brilhou mesmo foram os portáteis, e quem tem um NDS ou um PSP não tem do que reclamar. No mais, continuo de férias. Preparem-se para a maratona one post per day que se inicia hoje, na minha tentativa de registrar todas as novidades acumuladas nestes dias de intenso entretenimento. See you next gener.. quer dizer, level. :)
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