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sábado, junho 24, 2006  escrito por ecesar | 23:29 |



Hoje assisti a 'Doom', o filme. Eu esperava um filme ruim, mas me surpreendi: é muito pior do que eu imaginava. Impossível não comentar sem liberar alguns spoilers, então cuidado com as próximas linhas. Não que isso vá fazer muita diferença.

O filme tem 1h40 de duração, e as primeiras 1h20 são uma prova de resistência para não sair da sala. Praticamente nenhuma ação, apenas diálogos fraquíssimos regados a testosterona inútil. Soldados correm com suas grandes e poderosas armas de corredor em corredor - e é isso. Nada de shooter, o que temos é um clima de suspense e terror em ambientes apertados e escuros. De vez em quando, alguém atira em uma sombra. Pelo menos garante uns sustinhos. Às vezes.

Os últimos 20 minutos são o que fazem lembrar do que se trata 'Doom'. De repente, temos um super soldado, que sai matando tudo e todos que lhe aparecerem pela frente. E digo isso literalmente, porque a visão passa a ser em primeira pessoa, com o cano da arma na dianteira. Esta longa sequência é capaz de fazer qualquer veterano do clássico FPS verter uma lágrima de alegria. E aí o filme passa a ser só ação até o final.

Imagino que o público não seja dos mais críticos, mas impossível não ficar logo irritado com o excesso de estereotipia aplicado a cada um dos personagens. Vamos ao checklist. Soldado negro e musculoso empunhando uma metralhadora giratória de avião. Presente. Soldado sarcástico e antipático que se revela um covarde e tem uma morte horrível. Presente. Novato inseguro que faz besteira e põe todo o grupo em perigo. Presente. Mocinha linda e indefesa que acompanha todo o massacre, não atira em ninguem e escapa ilesa. Presente. E a falta de criatividade não fica apenas nos personagens. Para o grand finale, 'Doom' se rende à Holywood: os protagonistas deixam suas armas no chão para um mano-a-mano básico do bem contra o mal.

A ambientação do jogo pouco lembra 'Doom' ou 'Doom II', é todo baseado nos corredores metálicos escuros de 'Doom III'. E é irônico que todos os personagens tenham armas com lanternas acopladas, algo misteriosamente impossível no jogo. Os monstros também são sugados da recente terceira versão, mas são caracterizados como anomalias genéticas em vez de místicas criaturas do inferno. Os aficcionados vão rir à toa com as várias referências ao jogo, como um personagem chamado Dr. Carmack, a sequência com a motosserra, uma espécie de god mode e a venerada BFG.

Vi e não gostei. Próximo filme: 'Bloodrayne', de Uwe Boll. Afinal, sou um gamer de coragem. :)