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terça-feira, novembro 21, 2006  escrito por ecesar | 22:46 |



Eis o meu novo sonho de consumo: o DS Xtreme.

Em uma época em que a maioria pensa em um XB360, PS3 ou Wii, minhas atenções voltam-se a este pequeno flashcard para Nintendo DS, lançado há cerca de 02 meses. Muitos outros flashcards existem no mercado, mas apenas o DSX trouxe as inovações extensivamente aguardadas por dez em cada dez possuidores do portátil. Abordemos.

Primeiro, tudo funciona com apenas um cartão. Foi-se o tempo dos grandes cartuchos de GBA alocados no slot inferior, também chamado de Slot 2. O DSX encaixa perfeitamente no Slot 1, na parte superior, como qualquer jogo de DS. Isso deixa o slot inferior livre para o encaixe de acessórios (rumble, sensor de movimento, expansão de memória) prometidos futuramente pela Nintendo. Também soluciona o impasse gerado com o DS Lite, quando os flashcards em formato GBA receberam duas dimensões distintas para encaixe. O antigo cartão utilizado no Slot 1 que fazia o papel de direcionar a leitura para o Slot 2, chamado de PassMe e vendido separadamente, também não é mais necessário.

O notório problema da bateria foi solucionado. Até então, para que os flashcards GBA funcionassem, era necessário manter ativados os processadores de DS e de GBA durante todo o funcionamento do jogo, o que drenava substancialmente a bateria. Estima-se que, com o uso de um flashcard convencional, a bateria durava cerca de 06 horas, quando o normal de um DSL é 20 horas. Mesmo com o DS em modo stand by, com o flip fechado durante o jogo, o método fazia a carga de energia evaporar. Agora, está tudo normal.

O processo de passar ROMs para o flashcard se tornou intuitivo. Antes, era necessário o uso de um software proprietário rodando no PC, e era obrigatória a aplicação de patchs às ROMs para que funcionassem perfeitamente. Alguns modelos necessitavam de acessórios que faziam a interface entre o PC e o flashcard (ex.: G6), outros exigiam um leitor de cartões SD/MiniSD/MMC acoplado ao computador (ex.: Supercard). O DS Xtreme aposenta este obsoleto processo ao oferecer o uso idêntico ao de um pendrive. Acoplando o conector USB, o cartão é reconhecido como um dispositivo de mídia removível, e a partir daí basta arrastar os arquivos desejados para seu interior. Não é necessário o uso de software adicional, nem de patchs, e é reconhecido em qualquer computador (Win XP, MacOS X e Linux). Nem sequer é preciso retirar o DSX do slot para transferir conteúdo, pois o conector USB fica alocado em sua extremidade superior.



Por fim, não é mais necessário induzir quaisquer modificações no aparelho. Uma técnica utilizada por muitos era o 'flasheamento' da BIOS do portátil, inserindo um firmware modificado que facilitava o processo de rodar jogos a partir do slot inferior. O processo ficou conhecido como FlashMe. Além do risco de inutilizar permanentemente o console, isso desabilitava a garantia do fabricante.

Com estas implementações descritas acima, fica fácil perceber o quão rudimentar e complicado era o processo de rodar ROMs em um Nintendo DS até então. A herança do GBA ajudou na rápida implementação, mas agregou várias limitações a um processo que deveria ser fundamentalmente simples.

O cartão possui 512 megabytes (equivalente a 4 gigabits) de memória interna, espaço suficiente para cerca de 15 jogos de DS. A memória interna limitada é uma preocupação para os jogos futuros, principalmente para os anos finais do portátil, quando costumam aparecer os jogos maiores e mais elaborados. Todavia, no presente momento, o jogo mais pesado do DS é 'Final Fantasy III' com 128 MB. Caberiam quatro deles no cartão. A lista de compatibilidade é extensa, e o fabricante disponibiliza updades para corrigir o mal funcionamento de alguns jogos.

A parte mais atraente da história diz respeito aos jogos do DS. Neste momento, existe cerca de 700 jogos no mercado, todos disponíveis na internet em forma de ROMs para download. O tamanho dos arquivos é bastante convidativo: entre 3 e 128 MB. Isto significa que com pouco esforço é possível ter a biblioteca completa do DS em dois ou três DVDs. E em menos de cinco minutos é possível baixar um novo jogo capaz de entreter por semanas a fio. Para efeito de comparação, as ISOs recentes do PSP têm cerca de um gigabyte. 'New Super Mario Bros.' tem 14 MB.

O DS Xtreme é um dos poucos flashcards de fabricação ocidental, por isso é mais facilmente encontrado em lojas online norte-americanas. O preço é ainda salgado: 125 dólares. Mas, para quem gosta de games, vale cada centavo. :)