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sábado, dezembro 09, 2006  escrito por ecesar | 16:23 |

Há nove dias, Ronaldo Testa, editor da revista Nintendo World, publicou um texto no Orkut em que confirmava o boato que vem causando imensa polêmica nesta última quinzena: a revista passa a ser publicada de dois em dois meses.

Em resposta aos comentários, afirma que a mudança foi tomada pela direção da editora Futuro, e seu posicionamento em contrário não foi suficiente para reverter a decisão. O debate entre leitores extende-se por outras 110 páginas no mesmo tópico, conteúdo demais para condensar aqui.

O fato é grave. A Nintendo World é a revista mais antiga em circulação no país: são oito anos initerruptos, a cada mês uma sagrada edição nas bancas. É a publicação que abriu os caminhos da editora Conrad aos videogames e às suas outras três crias (EGM BR, EGM PC e SDP), posteriormente levadas à editora Futuro. A NW inaugurou uma nova fase em revistas de games, revitalizando um mercado decadente - quem não lembra das Ação Games e Gamers em seus derradeiros dias ?

Todavia, a revista não evoluiu o suficiente em seus oito anos para acompanhar a evolução dos que a lêem. Matérias pobres em conteúdo, análises rasas de jogos, vínculos a um saudosismo por demais infantil e abordagens que valorizam o 'lado fã' em favor de crítica jornalística séria afastaram o leitor em busca de conteúdo condizente com sua inteligência. Não percebem que o 'Pokemon' de ontem é o 'Brain Age' de hoje.

A representação nacional da Nintendo também não parece estar colaborando. As atuações recentes da Latamel sobre a distribuição do Wii e de seus jogos no país, de tão absurdas, mereceram até um site. O Wii mais caro do mundo está no Brasil, segundo a Wikipedia, e não há imposto que explique. A disponibilidade de consoles e jogos de Nintendo DS também decepciona. A queda das vendas da revista e a futura diminuição de sua peridiocidade parecem ser parte integrante de todo o processo de desmotivação com a marca que vem acontecendo no país.

Uma pena. Ao redor do mundo, o recém-lançado Wii vem espalhando a esperança em uma nova era para os jogos eletrônicos e, por consequência, para a Big N. O Nintendo DS cresce e amadurece de forma impressionante, e acompanha este momento de glória. E aqui no Brasil, entramos na contramão do progresso.

As últimas manobras administrativas da revista se mostraram lamentáveis. Não queremos capas luxuosas em verniz (que amassam e enrolam), queremos bons textos no interior. Quem sabe um papel normal na capa retornaria o preço ao patamar anterior ? Uma dica preciosa: um brinde simples acompanhando uma revista vale muito mais que mega promoções e concursos. Todavia, o mais importante é uma mudança editorial focada no amadurecimento dos leitores - inacreditável que ainda exista uma seção de desenhos a lápis de cor no meio da seção de cartas.

De certo modo, sou um dos que contribuíram para a sua derrocada: não compro a Nintendo World há anos. Mas gostaria muito de voltar a ler. Dêem-me o motivo que estou esperando.