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domingo, fevereiro 25, 2007  escrito por ecesar | 17:28 |



Acima, o disco de 'Paper Mario: The Thousand-Year Door' para GameCube. Aluguei ontem, após muito adiar este momento. Não por desinteresse, mas pela quantidade de jogos que já tenho para o PS2 e PSP que esperam na fila para serem jogados. Resolvi dar uma pausa nos dois, afinal o velho cubo também merece um fluxo de elétrons de vez em quando. Além disso, há jogos de qualidade que não podem passar esta geração em branco: 'Beyond Good And Evil', 'MGS: Twin Snakes', 'Eternal Darkness', 'Pikmin', etc.

Previamente, andei jogando bastante PSP. Vamos aos mini-reviews:

Daxter - Muito provavelmente o melhor jogo já lançado para o portátil até o presente momento. Os queritos técnicos parecem levar o hardware ao limite, e facilmente rivaliza os demais jogos da série no PS2. A jogabilidade é extremamente refinada e precisa, e a câmera funciona surpreendentemente bem. Bem humorado, gostoso de jogar e extenso o suficiente, obrigatório para quem gosta de jogos de plataforma em 3D. Nota: 5/5.

Metal Gear Solid: Portable Ops - Uma aventura de console grande apresentada no portátil da Sony. Narra os eventos posteriores a MGS3, preenchendo muitas lacunas na impressionante história de Big Boss - de herói nacional a líder de Outer Heaven. A qualidade do roteiro e a excelência técnica na mecânica de jogo, tradicionais na franquia, fazem destaque a este título. Os gráficos são excelentes, a dublagem é primorosa, as cutscenes em estilo graphic novel são atraentes e os elementos de estratégia e gerenciamento de equipes são bem-vindos. Pena que o sistema de câmera fixa não foi adotado aqui. Nota: 5/5.

Ghost Rider - Mais um game baseado em filme, de resultados previsíveis. O visual é bonito e os golpes e animações do protagonista com sua corrente e arpão lembram os vistos em 'God Of War' - mas as semelhanças acabam por aí. As fases são repetitivas e entediantes, interpolando raras perseguições em motocicleta a um maçante beat'em up. A história: inimigos aparecem do nada em uma pequena arena, derrote-os e seja transportado ao novo estágio. Nota-se que houve preocupação com a parte gráfica, mas todo o restante do desenvolvimento foi claramente negligenciado. Nota: 1/5.

Lumines II - O exageradamente aclamado puzzle de Tetsuya Mizuguchi volta em edição expandida: mais músicas, mais avatares, mais skins, mais modos de jogo. Todavia, a essência é a mesma, e quem jogou o primeiro game tem a desagradável impressão de um 'pacote de expansão' - é tudo igual, só que com mais perfumaria. Um adicional interessante é a inclusão de videoclipes ao fundo, ainda que em baixa definição e quase impossíveis de acompanhar quando se está quebrando a cabeça no primeiro plano. O repertório abre espaço do eletrônico conceitual para canções pop de grupos da moda - fútil, ainda que agrade por alguns momentos. Pouca evolução, nenhuma revolução. Nota: 3/5.

Rocky Balboa - Este jogo saiu exclusivamente para o PSP, o que é bastante curioso. Aproveitando o lançamento do filme, o jogo traz uma compilação fiel de toda a história do famoso boxeador em suas seis aparições no cinema. A atenção aos detalhes é o ponto alto do jogo: cada personagem, cada arena, cada fase na vida do campeão é retratada com grande fidelidade. As emocionantes cenas extraídas de cada um dos filmes deixa o jogador no clima adequado antes de cada luta. A jogabilidade é um pouco travada, talvez mais culpa da modalidade esportiva que do jogo em si, mas cumpre bem o seu papel. A combinação de movimentos corporais (disco analógico), diferentes tipos de soco esquerdo (quadrado, xis) e direito (triângulo, círculo) e respiração (uma barra na tela) permite estratégias interessantes durante as lutas. Nota: 4/5.

X-Men Legends II: Rise of Apocalypse - Um dungeon crawler no melhor estilo Diablo, porém com superpoderes mutantes ajudando na destruição. Monte um quarteto entre heróis e vilões famosos, escolha um membro para controlar e reze para que a CPU cuide bem dos outros três personagens. A visão por cima elimina as inconveniências de câmera de um portátil com apenas um analógico. O mata-mata repetitivo costuma ser o ponto negativo nesta categoria de jogo, porém a possibilidade de alternar entre personagens com diferentes tipos de ataque ajuda a manter o pique até o final. Pelo reduzido tamanho dos personagens na reduzida tela do portátil, seus olhos vão gritar após algumas horas de jogo. Não joguei o primeiro Legends para comparar, mas este jogo cumpre o que promete ao oferecer uma diversão honesta. Nota: 3/5.

Também andei jogando outros títulos de PSP obscuros ou de menor importância, a maioria por tempo insuficiente para se elaborar um review. É difícil se prender a um jogo ruim por muito tempo quando se sabe que há bons títulos esperando na fila.

Agora com licença que vou tentar encontrar a tal porta dos mil anos ! :)