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Esta manhã revisitei o submundo dos videogames piratas do centro do Recife, como não fazia há meses. Para quem não conhece ainda os sítios tecnológicos ilegais da capital pernambucana, segue um breve roteiro de viagem. Recomendo ir de ônibus, andar de carro é quase impossível por aquelas bandas.
- Desça na pracinha do Diário de Pernambuco, e caminhe duas quadras em direção ao antigo Banco Safra. Ao lado dele fica a Rua Infante D. Henrique, uma rua inteiramente tomada por bancas de camelôs dedicados a videogames. São cerca de 10 a 12 bancas tradicionais, posicionadas na parte central da rua, com seus gamepads pendurados nos tetos improvisados e várias TVs ligadas para os clientes testarem seus jogos. Nas margens da rua situam-se antigas lojas e velhas galerias, que escondem no primeiro andar algumas oficinas de destravamento ou conserto de consoles mais antigos. Estranhamente, o preço dos jogos nos camelôs costuma ser mais alto que o das demais lojas do centro, que citarei a seguir.
- Saindo da rua dos camelôs, caminhe mais uma quadra em direção à galeria Viana Leal. Outrora a loja de departamentos mais pomposa da cidade (e a primera a ter escada rolante), hoje o prédio abriga um sem número de pequenos boxes. Entre eles está a EX Games, que vende consoles e jogos de vários sistemas. Antes haviam também mais dois boxes menores que vendiam o mesmo material, mas sumiram. A EX Games é a loja mais conhecida do centro quando o assunto é jogos de PS2.
- Voltando pela rua dos camelôs em direção à ampla Praça do Carmo, é fácil de encontrar a loja Mundo dos Games. Antes situada ao lado da Igreja de N. S. do Carmo, agora ocupa o primeiro andar de um prédio em frente à praça, do outro lado da Av Dantas Barreto. Lá também pode-se encontrar muitos jogos piratas em CDs e DVDs, inclusive cartuchos antigos de velhos consoles. Destaque para o Virtual Boy em exposição.
- Caminhando pela Av Dantas Barreto e adentrando no camelódromo, no final do primeiro galpão à esquerda encontramos a famosa banca do Menudo Games. E quando digo famosa, estou falando sério. Lá pode-se encontrar desde cartuchos de NeoGeo AES até adaptadores de controles de SNES para PC. Claro, o que mais vende são os discos alternativos de PlayStation, mas o acervo de raridades chama a atenção. Ao longo do camelódromo também se encontra pequenas bancas que vendem jogos, mas muito discretas e limitadas.
- Agora vamos caminhar um pouco mais. Volte todo o caminho e entre na Rua Nova, atravessando a Ponte da Boa Vista e seguindo sempre em frente até a Praça Maciel Pinheiro. Ali, ao lado da igreja (é, meus amigos, o Recife é feito de pontes e igrejas) fica a Rua da Matriz, que abriga a DigiTech - também conhecida como a loja do Cristian. Nela encontramos apenas consoles, jogos piratas e acessórios para a família PlayStation, além de serviços de conserto, instalação de modchips e trocas do leitor óptico.
- Caminhando em direção ao Shopping Boa Vista, e pouco antes de atingi-lo, encontramos a loja AIC Video & Games na Rua da Conceição nº 31. A loja mais parece um grande brexó de consoles e games, novos e usados. A coisa boa é que no meio do imenso acervo pirata também se encontra alguns títulos originais de segunda mão, além de revistas antigas de videogames. E acabou o passeio. Neste ponto você está ao lado da Av Conde da Boa Vista, onde facilmente se pode pegar uma condução de volta para casa.
A última visita que eu havia feito a todos estes pontos foi há pouco mais de um ano, e neste post antigo pode-se acessar endereço e telefone destes estabelecimentos. Hoje, muitas surpresas encontrei. A primeira delas foi perceber claramente que o espaço dedicado aos jogos piratas de PS2 cresceu muito - na maioria das bancas de camelôs a caixinhas de DVD ocupam quase todo o mostruário. A maioria dos camelôs continua trabalhando com DVD-R de mídia roxa, quase nada de prensados. E o preço continua inexplicavelmente mais alto que o das lojas: 18 a 20 reais. Ainda assim, apenas 02 eram as bancas que possuiam um PS2 para testar os jogos. A parte boa é que todos os lançamentos de final de ano estavam lá, em DVD-R: 'Metal Gear Solid 3', 'Prince Of Persia 2', 'GTA: San Andreas', 'Killzone' e cia.
Já as lojas pareciam estar muito bem, à exceção de uma: a EX Games estava a imagem da desolação. Os ar condicionado se foi, e a porta escancarada associada a dois grandes ventiladores ocupou o seu lugar. Os televisores e os consoles também desapareceram, deixando as bancadas vazias. Não haviam mais jogos de DreamCast, apenas de PS1 e PS2. Ao perguntar aos dois balconistas, que não usavam nenhum uniforme, fui informado que a loja não trabalhava mais com jogos prensados, apenas com gravados. A parte boa é que os DVD-Rs custavam 13 reais cada, e os mesmos lançamentos que comentei acima estavam presentes. Acabei não perguntando o que aconteceu por ali (assalto ? batida policial ? falência ? mudança de endereço ?) que justificasse tantas mudanças.
Na Mundo dos Games, tudo ia bem. Perdeu a fácil localização do antigo endereço, mas ganhou espaço mais amplo e com ar condicionado. Ao subir a escadaria de mármore que dá acesso à loja, já ia encontrando garotos e pais felizes a fazer o caminho inverso, com suas sacolas cheias de jogos. E na entrada da loja há uma bela vitrine com o PSTwo (SCPH 70000) !! Esta foi a primeira vez que vi o novo modelo ao vivo, e posso assegurar que é ainda menor do que imaginava. A tampa do drive estava aberta, e o canhão facilmente à mostra me parecia assim mais fragilizado. Sob os trilhos do canhão, uma janela obrigatória deixava um pedaço da placa mãe exposta aos dedos curiosos do futuro dono. E a qualidade da ventilação ainda me criava dúvidas, mas não pude conferir o console funcionando para tomar qualquer conclusão. A loja parecia estar bem preparada para as vendas de Natal, com um batalhão de vendedores uniformizados atacando qualquer criatura viva que atravessasse a porta.
E a DigiTech estava cheia de clientes. Em menos de 15 minutos, vi serem vendidos dois PS2 com NA e um PSOne com dois jogos. E o mais esquisito é que o vendedor, (não lembro se na identificação lia-se Jefferson ou Washington) me cumprimentou de longe, com um caloroso aceno, por trás de todos os clientes enquanto eu adentrava a loja. Weird. Será que sou famoso e não sabia ? O fato é que lá encontrei o melhor achado de toda esta peregrinação: um kit contendo um HD de 120 GB + um Network Adapter + um disco do HD Loader por 600 reais. Garantia de 03 meses. Um HD deste tamanho armazena cerca de 30 jogos, e poupa o leitor de trabalhos pesados como GTA ou Wining Eleven - com seus acessos initerruptos ao disco. Considerando que uma troca de canhão custa cerca de 400 reais, e que o NA vai abrir as possibilidades para a jogatina online, é um pacote muito convidativo aos hardcore gamers. Fica aí a dica aos interessados.
Esta noite joguei o demo de 'Killzone' que veio no disco bônus da Official US PlayStation Magazine nº 87, edição de dezembro 2004. O jogo é muito bom, principalmente se voce esquecer qualquer comparação a 'Halo' e todo o hype que vinha sendo feito sobre ele. A revista chegou dos EUA esta semana, e foi um presente de minha namorada. Ainda não a li para comentar, mas pelo aspecto nota-se ser uma edição diferente: total ausência de propagandas ou chamadas para outros jogos, plástico liso e transparente, título pequeno e apenas uma imagem de 'GTA: San Andreas' na capa. Tem jeito de ser uma edição muito especial, para um jogo igualmente importante. Saberei logo em breve. :)
Ah, só um esclarecimento.. Passei tempo demais escrevendo este post, e o hoje a que me referia já virou ontem. Hora de dormir. Até o proximo post !
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